Lara Martinho diz que PS não vai descansar até resolver problema da Base da Lajes

PS Açores - 27 de junho, 2017
A deputada do PS eleita pelo círculo dos Açores na Assembleia da República, Lara Martinho, instou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros a fazer mais no que toca à descontaminação ambiental da ilha Terceira. “Que são necessários outros resultados julgo que estamos todos de acordo”, afirmou, numa audição a Augusto Santos Silva.   No entanto, a socialista negou as afirmações do PSD de que este Governo nada tem feito. “Não posso deixar de questionar o que fez o anterior Governo?”, perguntou, para depois responder: “Nós sabemos o que não fez, como foi o caso do anúncio com pompa e circunstância da vinda de uma companhia low cost que nunca se concretizou”.   Lara Martinho disse, porém, que os socialistas não afinam pelo diapasão social-democrata. “Não é por este Governo do PS estar a fazer muito mais do que o anterior, que os deputados do PS vão deixar de exigir que muito mais seja feito”, defendeu. “Não descansaremos até que todas as situações da Base das Lajes estejam resolvidas”, prometeu.   “O ponto crucial é a descontaminação e a salvaguarda ambiental das zonas afetadas pela poluição”, disse ainda, lembrando que estão identificados um conjunto de 15 locais potencialmente contaminados, e os EUA estão a intervir em apenas quatro deles. “Esta resposta não é suficiente! Precisamos de mais intervenções, e mais eficazes neste processo”, apelou.   A deputada insular revelou ainda que o Governo Regional dos Açores propôs na última reunião da Comissão Bilateral Permanente (CBP), a 11 de Maio, que fosse estabelecido um Road Map de ações, com calendário e medidas concretas. “Essa proposta não teve aceitação por parte dos EUA e parece existir um bloqueio, como considera o Sr. Ministro ser possível superar este bloqueio? Como se posiciona Portugal perante este aparente bloqueio?”, perguntou. Augusto Santos Silva respondeu que ainda não foram nomeados os interlocutores lado dos EUA, o que dificultou os resultados da CBP. “Começam a surgir progressos”, garantiu, atestando que “estão a cumprir os pontos da declaração conjunta”.