“O Partido Socialista não é obstáculo a nenhuma investigação séria sobre seja o que for – principalmente se houver suspeitas de dano da causa pública”, garante Dionisio Faria e Maia. O deputado socialista falava à saída da Sub Comissão de Assuntos Sociais que, esta quarta-feira, apreciou o novo pedido de audição sobre a substituição do Conselho de Administração da Unidade de Saúde de Ilha do Pico. “Neste caso é uma substituição de uma equipa de gestão de uma Unidade de Saúde de ilha e todo o empolamento feito à volta disto é politizar o assunto e também expor alguém, por esta via, na sua vida pessoal ou profissional, que é uma forma de análise que nós não aceitamos”, acrescentou o deputado. Dionisio Faria e Maia realçou que para o Partido Socialista dos Açores “as Comissões Parlamentares funcionam na base regimental da Assembleia, debruçam-se sobre as matérias em análise e não derivam à vontade dos partidos da oposição, para outras áreas que, supostamente, devem ser investigadas por outra via”. O deputado referia-se à constituição de uma Comissão de Inquérito o que, pelos vistos, “os partidos da oposição também não querem”. Apesar de ter ficado esclarecido, após a audição do Secretário Regional da Saúde na Comissão de Assuntos Sociais, e de concordar com a decisão de salvaguardar a boa gestão da causa pública, o Grupo Parlamentar do PS Açores garante que não se opõe a uma Comissão Parlamentar de Inquérito cuja iniciativa de constituição deve partir da oposição: “Quem nesta comissão superlativou toda a desgraça à volta desta demissão foi a oposição, portanto compete à oposição tomar as iniciativas que achar convenientes para esclarecer seja o que for”. Ainda em resposta aos jornalistas, Dionisio Faria e Maia adiantou que o Partido Socialista “não tem medo de nada, nem cede a pressões baseadas na demagogia”.