“Todos nós, sem exceções, andámos a pedir melhores acessibilidades para as nossas ilhas - fazemos isso há anos - e se formos ver as estatísticas, de forma séria, temos que reconhecer que da parte do Governo Regional e da parte da SATA houve um esforço tremendo para satisfazer as necessidades de cada uma das nossas ilhas”, afirmou José Ávila.
“E isso com os deputados a pedir mais voos, mais acessibilidades, sem nunca pensarem no lado da despesa, porque cada voo a mais, implica mais custos”, acrescentou o deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores, esta terça-feira, durante o Plenário, em que o tema SATA esteve, novamente, em debate.
“Nós, no PS damos a cara quando as coisas não correm bem - e sabemos que as coisas nem sempre correm bem na área dos transportes -, mas uma coisa é certa, a SATA tem feito um esforço tremendo para tentar resolver a procura por voos em todos as ilhas dos Açores, não é só numa, é em todas”, sublinhou o parlamentar
José Avila recordou os aumentos registados: No Faial, onde se reivindicava o aumento de ligações diretas a Lisboa, a SATA passou de 303 para 323, em quatro anos. No Pico, onde se pediram mais voos no verão, as ligações passaram de 65 para 138. Em São Jorge, em 5 anos, os voos passaram de 570 para 769 e os passageiros desembarcados de 24 mil para 37 mil. Nas Flores, a oferta de voos passou de 573 para 836. Em Santa Maria, os passageiros desembarcados passaram de 30 mil para 46 mil. No Corvo, houve mais 110 voos e os passageiros desembarcados aumentaram para mil. “Não me digam que não houve aqui um esforço da SATA”, insistiu o deputado.
Também o deputado André Rodrigues usou da palavra para sublinhar as mudanças significativas que ocorreram na companhia açoriana: “Em 10 anos a SATA, que transportava 900 mil passageiros, passou a transportar 1,7 milhões e passou a operar 22 mil voos, em vez dos sete mil voos que fazia há 10 anos. Estes números demonstram o percurso que foi feito pelo grupo ao serviço dos Açores e ao serviço dos açorianos, ao mesmo tempo que enfrentava uma nova realidade, um novo modelo de acessibilidades, com um mercado aberto, com uma forte concorrência da TAP, com low-costs, com outra dimensão e agressividade comercial. Mas foi a SATA e os seus colaboradores que disseram presente. Disseram presente ao serviço da mobilidade dos Açorianos, disseram presente ao serviço da economia açoriana e ao desenvolvimento da Região”
Reconhecendo a situação delicada em que a SATA se encontra, referiu a necessidade de inverter, corrigir e alterar os resultados da SATA para o bem do futuro dos Açores. O PS está disponível para fazer tudo para atingir a sustentabilidade da empresa, tendo o Conselho de Administração a responsabilidade de prosseguir e concretizar a reestruturação financeira, operacional e da estrutura.