O Grupo Parlamentar do PS/Açores desafiou os partidos da oposição para, em conjunto, estabelecerem um acordo sobre um “caderno de encargos das Autonomias para o Futuro”, mas partidos com responsabilidade, não responderam a favor dos Açorianos. “Infelizmente, algumas forças partidárias, nomeadamente o PSD, tudo esqueceram sobre a avaliação do passado e ignoraram a projeção em relação ao futuro”, lamentou Francisco César depois de encerrado o debate.
“Dedicámos a nossa intervenção a apresentar as prioridades, para os próximos quatro, em relação ao relacionamento com a República. Esperávamos que da parte do maior Partido da oposição viesse uma resposta de acordo ou desacordo em relação aos desígnios que temos para os próximos quatro anos, mas o que tivemos foi um silêncio”, afirmou o líder parlamentar da bancada socialista na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Francisco César defende que “não nos podemos conformar com meia página, num programa eleitoral, como tem o PSD em relação às Autonomias. Nós acreditamos que devemos ir mais além. Acreditamos que juntos temos a capacidade para influenciar mais os nossos Partidos no que diz respeito às nossas Autonomias”.
Esta recusa do PSD/A, em avaliar o programa eleitoral do seu partido, demonstra, para Francisco César, que “os social-democratas dos Açores sabem bem o que pensa Rui Rio sobre as Autonomias, sabem bem que não podem contar com o PSD nacional para cumprir os compromissos com os Açores”.
Aliás, como fez notar o líder parlamentar dos socialistas, “o PSD/Açores ficou tão feliz com a interpretação que fez das declarações de António Costa, ao DN da Madeira que nem reparou, que o presidente do seu partido, Rui Rio, fez declarações exatamente com o mesmo teor, ao dizer que o funcionamento do atual modelo de subsidio social de mobilidade era um modelo ridículo que penalizava, em muito, os cidadãos”.
Sobre este tema, Francisco César, reafirma que a posição do Partido Socialista é: “rever o atual modelo de forma a que ele onere menos os contribuintes e onere menos os passageiros residentes, mas garantir exatamente a mesma mobilidade que têm hoje, ou ainda mais, quer ao nível dos custos diretos, quer ao nível da capacidade de mobilidade e de voos”.