O grupo municipal do PS na Assembleia Municipal de Ponta Delgada fez, esta segunda-feira, uma apreciação muito negativa da primeira metade do mandato autárquico em Ponta Delgada.
“Este é um mandato que se está a pautar pela falta de liderança, pela incapacidade de decisão e pela paralisia crescente da ação camarária”, afirmou José San-Bento numa intervenção na Assembleia Municipal de Ponta Delgada.
Para a bancada municipal socialista, os resultados apresentados pelo executivo liderado por José Manuel Bolieiro são “desoladores”.
“Já não basta que José Manuel Bolieiro tenha querido abandonar a autarquia para ser candidato à Assembleia da República, só não tendo levado a sua vontade por diante perante a forte oposição que a sua saída gerou no interior do próprio PSD. Já não basta que Ponta Delgada continue com uma gestão camarária, sem rasgo ou visão, sem rumo ou determinação. Agora, temos um executivo camarário incapaz de assegurar uma normal e eficaz execução do orçamento, que já vai na segunda revisão anual do orçamento, que é incapaz de assegurar e potenciar os fundos comunitários disponíveis”, criticou, lembrando, ainda, que Ponta Delgada continua sem central de camionagem e sem um plano de mobilidade e de transportes adequado à realidade da cidade e do concelho.
Os socialistas apresentaram, também, um requerimento a exigir toda a documentação relativa ao processo da empresa municipal Azores Park, tendo o deputado municipal Nuno Miranda questionado o Presidente da autarquia sobre “a nebulosa” que envolve a venda desta empresa municipal.
“O Presidente da Camara induziu-nos a todos em erro, de forma claramente deliberada, porque não prestou as devidas informações em reunião de Câmara e na Assembleia Municipal. A serem comprovadas as alegações apresentadas pelo Santander em tribunal a contestar a venda da Azores Park, José Manuel Bolieiro violou o seu dever de informar devidamente os órgãos autárquicos sobre este processo e faltou à verdade ostensiva e deliberadamente”, acusou Nuno Miranda para quem “este processo mancha a reputação da autarquia e mina a credibilidade do Presidente da Câmara Municipal, pelo que o PS exige, em nome da verdade e da transparência, que tudo seja esclarecido.