Decisões políticas para a reconstrução dos portos afetados pelo furacão tomadas o mais rápido possível, garante Vasco Cordeiro

PS Açores - 15 de outubro, 2019
O Presidente do Governo garantiu hoje, na Assembleia Legislativa, na Horta, que as decisões políticas para a recuperação dos danos provocados pelo furacão Lorenzo em infraestruturas portuárias dos Açores têm sido tomadas o mais rápido possível, mas salientou que essa reconstrução tem de obedecer ao “tempo técnico” necessário a processos desta natureza. “Não restem dúvidas em relação a isso. O tempo da reconstrução será o tempo que, do ponto de vista técnico, será necessário levar. Do ponto de vista político, as decisões já têm sido tomadas e serão tomadas no mais curto espaço de tempo possível. O mais rápido possível”, assegurou Vasco Cordeiro. Numa intervenção no debate parlamentar sobre os efeitos da passagem do furacão pelos Açores, na madrugada e manhã de 2 de outubro, o Presidente do Governo adiantou que, nesta matéria, já foram tomadas decisões por parte do Executivo açoriano e que, à medida que for necessário tomar outras decisões, elas serão tomadas de forma célere. “Mas há um tempo técnico, ou seja, o tempo necessário para projetar um novo porto, o tempo necessário para realizar a obra de um novo porto, o tempo necessário para projetar e realizar as obras em muitas infraestruturas portuárias afetadas na nossa Região”, sublinhou. Vasco Cordeiro apresentou esta segunda-feira, em Ponta Delgada, o balanço dos estragos provocados pela passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, que ascendem a cerca de 330 milhões de euros, e anunciou uma série de medidas já aprovadas para apoio à recuperação desses prejuízos. Parte significativa deste montante, mais de 300 milhões de euros, refere-se a estragos estruturais registados em infraestruturas portuárias e de apoio à atividade portuária em várias ilhas da Região, sendo o caso mais grave o do Porto das Lajes das Flores, que registou a destruição total do molhe e cais comercial. No debate parlamentar de hoje, Vasco Cordeiro recordou que esse porto já estava fragilizado, tendo em conta que, em fevereiro, a tempestade Kyllian provocou danos na sua estrutura. “Convém ter presente o que foi feito desde o dia 2 e 3 de fevereiro até ao dia 2 e 3 de outubro para perceber que o assunto não foi deixado como estava”, referiu o Presidente do Governo, ao adiantar que, a 11 de março, foi realizado o levantamento subaquático, tendo sido adjudicada, a 26 de março, a elaboração do projeto de execução para empreitada de recuperação desses estragos. A 8 de abril procedeu-se à entrega do relatório dos levantamentos tridimensionais, enquanto a entrega do projeto de execução destas reparações estava prevista para o final deste mês de outubro. Perante os deputados regionais, o Presidente do Governo salientou, por outro lado, que os Açores “enfrentaram esta intempérie da forma como enfrentaram por uma razão muito simples, que é o facto de termos a nossa Autonomia”. “Pensem, por um momento, aquilo que seria, quer na fase de preparação para enfrentar o furacão, quer agora na fase de resolver os problemas que esta tempestade trouxe, se nós, Açorianos, não tivéssemos a Autonomia e órgãos de governo próprio”, salientou. De acordo com Vasco Cordeiro, sobretudo nestas ocasiões, fica provado que a Autonomia “é um sistema e um instrumento que está ao serviço dos Açorianos e, sobretudo, é um instrumento que faz a diferença para melhor nas suas vidas”. Vasco Cordeiro salientou ainda o facto de não se terem verificado vítimas ou danos pessoais, o que se deve, em primeiro lugar, ao “trabalho que foi feito por cada um dos Açorianos para cumprirem as recomendações das autoridades de Protecção Civil, mas também aqueles que trabalharam na preparação da Região para enfrentar esta intempérie”. GaCS/PC