No arranque do debate sobre o Plano e o Orçamento dos Açores para 2020, o Grupo Parlamentar do PS/Açores garantiu total abertura para continuar a acolher as propostas da oposição que beneficiem os Açorianos, garantiu Francisco Coelho, depois de resumidamente identificar os resultados que já foram alcançados e as medidas que constam dos documentos em análise: “São estas as propostas do Governo e da maioria, que continuam abertas ao debate e ao aperfeiçoamento. Apesar de alguns já terem decidido a destempo, o repto, esse, continua de pé”.
Para além de todo o trabalho feito, por exemplo, nos setores tradicionais, no turismo, no desenvolvimento tecnológico e no relacionamento com a República sobre a gestão do “nosso Mar”, o deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores destacou os resultados obtidos em setores-chave, como é o caso da Educação: “Tudo tem sido feito para recuperarmos um atraso estrutural de séculos, com vultuosas apostas nas ímpares infraestruturas escolares - já não executamos projetos doados por países nórdicos, com lugar garantido na portaria para guardar os esquis…- ; na dignificação da carreira docente e no combate sem desfalecimentos ao insucesso escolar”.
Também no combate à pobreza: “Em vez de culpar os suspeitos do costume, numa escandalosa e salazarenta perspetiva da realidade da pobreza, os Governos do PS ergueram a maior rede com o maior número de valências de equipamentos sociais do país. Lembre-se também que o gritante e recente silêncio do PSD acerca do RSI, só pode ter por causa um significativo decréscimo do número dos seus beneficiários, que esperamos ser consistente e bom sintoma da panóplia de políticas de apoio e de Solidariedade Social, entretanto, e sistematicamente prosseguidas”.
Francisco Coelho referiu, ainda, os resultados das políticas de emprego, como por exemplo, a “acentuada diminuição do número de açorianos inscritos em programas ocupacionais”; a redução do desemprego; a estabilidade laboral para os trabalhadores em situação precária e as perspetivas de “atualizações reais da remuneração complementar e do complemento regional de pensão, naquilo que constitui já, conjuntamente com a adaptação fiscal e a eliminação de outros custos de insularidade na fonte, uma marca indelével das governações socialistas e um adquirido autonómico”.
O parlamentar reiterou a importância dos partidos da oposição contribuírem para melhorar o Plano e Orçamento: “O Partido Socialista é, consabidamente, por gosto e convicção, uma maioria democrática e dialogante, que preza o debate democrático e não dispensa a negociação e o consenso que a salutar pluralidade parlamentar exige; por isso mesmo sempre aprovámos iniciativas parlamentares de todos os Partidos da oposição, nestas, como noutras matérias. Tudo indica que, desta vez, não será diferente”, garantiu.
No entanto, Francisco Coelho pediu coerência e honestidade a alguns partidos da oposição: “Para além da incoerência, o PSD não percebeu ainda que muitas das suas reivindicações são, muitas vezes, ainda que de forma quantitativamente irresponsável, a exigência de mais um degrau, o ganir em tom mais elevado uma nota, quiçá desagradavelmente estridente, mas sempre duma música, dum modelo e dum paradigma que é aquele que o Partido Socialista construiu para os Açores! Ao nível reivindicativo, o PSD só pede mais daquilo que já propusemos e fizemos”.