No debate das propostas do Programa do Governo para o setor da Agricultura, o Grupo Parlamentar do PS/Açores defendeu que “o mesmo não acrescenta mais, não tem ambição” e que, adiantou Patricia Miranda, era preciso identificar “com clareza” os problemas que existem e apresentar “soluções práticas, eficazes e objetivas”.
“A agricultura precisa e merece: estratégia, coerência e assertividade, baseada num profundo conhecimento do sector! Só uma agricultura forte pode sustentar uma economia saudável!”, acrescentou a parlamentar. Patricia Miranda lembrou a “aposta”, feita pelo anterior Governo dos Açores, “em conciliar a sustentabilidade, a competitividade e o crescimento de todas as áreas de atividade deste setor, da hortifruticultura à floricultura, do vinho ao mel e da carne ao leite”
A deputada do PS/Açores considera que foram dados “passos importantes”, que corresponderam à “vontade expressa pelos Açorianos, nas urnas”, de “prosseguir com a estratégia” do PS para este setor, onde o trabalho a fazer passaria por “aumentar a resiliência da economia agrícola”, nas suas diferentes áreas de atividade e desde à produção à comercialização.
Patricia Miranda considera que “conceitos como relançamento económico, resiliência, notoriedade e internacionalização, são absolutamente relevantes no contexto e realidade regional atual”, mas que infelizmente, “não são captados no presente programa”, que “fica muito aquém do esperado”.
Recordou que durante a pandemia, “agricultura, nunca parou” e que “a par com tantos outros heróis açorianos que estiveram, e estão, na linha da frente no combate à Covid-19, os agricultores também merecem o nosso reconhecimento. Também são grandes heróis, pois os animais e as terras não podiam aguardar pelo fim do confinamento”.
Aliás, como sublinhou, mesmo sem ser em períodos como o que se vive, “ser agricultor é uma tarefa árdua, mais que uma profissão é um estilo de vida, onde não é permitido ter horários, férias e, muitas vezes, nem é permitido sequer ficar doente”.