Andreia Cardoso destacou que o projeto do terminal de cargas das Lajes “foi revisto e foram acolhidos contributos de diversas entidades, em 2015 e 2016, como a SATA Gestão de Aeródromos, a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo que, na altura asseverou as novas condições que este terminal iria trazer, a FRUTER que fez sugestões acerca do armazenamento em frio e do Raio-X, que foram acolhidas”.
A deputada socialista falava no debate de uma proposta do CDS/PP que recomendava ao Governo Regional que realize uma avaliação do projeto de conceção e construção do novo terminal de cargas da Aerogare Civil das Lajes, no sentido de “corrigir erros na infraestrutura”, proposta aprovada por unanimidade.
O contrato de construção do novo terminal foi assinado em setembro de 2018, por um valor superior a 4,6 ME, com um prazo de execução de 540 dias. O concurso foi lançado em 2016, tendo havido alguns atrasos no processo de cedência e desafetação de terrenos.
A parlamentar salientou, ainda, que o GPPS “ouviu atentamente todas as entidades que, mais recentemente se pronunciaram sobre esta questão”, sublinhando que com a construção do novo terminal de cargas “foram melhoradas as condições de armazenamento em frio”, embora atualmente se verifique a necessidade de reforçar ainda mais estas condições.
Novo terminal de cargas das Lajes não veio reduzir a capacidade de armazenamento em frio, salientou Berto Messias
Intervindo no mesmo debate, Berto Messias salientou que “não é verdade que o novo terminal de cargas da Aerogare Civil das Lajes tenha reduzido em 70% a capacidade de armazenamento em frio”, tendo desafiado todos os deputados, eventualmente numa visita liderada pelo Governo, a visitar aquele terminal de cargas.
“Anteriormente tínhamos 3 contentores com 20 pés na rua, cada um com 33 m3, agora temos 5 câmaras com 34 m3, cada uma. Ou seja, nós antes tínhamos uma capacidade de armazenamento de frio de cerca de 100 m3, que passou para cerca de 170 m3”, explicou.
O deputado do GPPS citou declarações do próprio Vice-Presidente do Governo Regional, Artur Lima, na inauguração daquela infraestrutura, que na sua inauguração salientou a mais-valia que o novo terminal de cargas iria trazer à ilha Terceira”.
Berto Messias admitiu a necessidade de avaliar o funcionamento daquele terminal, mas considerou ser “abusivo dizer-se que aquela infraestrutura não responde às necessidades dos empresários da ilha Terceira”.
“É lamentável que este Governo esteja permanentemente a desmerecer o trabalho do anterior Governo, suportado pelo PS, numa tentativa de desculpar as suas incapacidades e as suas fragilidades”, finalizou o deputado eleito pela ilha Terceira, Berto Messias.