O Partido Socialista do Faial condenou, esta quarta-feira, o atentado ambiental que está a ser praticado nas dunas da Praia de Porto Pim e que levou à destruição parcial da zona.
Segundo João Bettencourt, secretário coordenador do PS/Faial, “estas formações são de frágil equilíbrio e para as quais a atividade humana é uma constante ameaça, sendo de extrema importância na proteção das costas”, razão pela qual os socialistas condenam a destruição parcial de que estão a ser alvo.
“Recordo que as dunas da Praia de Porto Pim começaram a ser consolidadas no tempo do Engenheiro Mário Ávila Gomes, sendo que ao longo dos anos sempre foi sendo realizado o combate às invasoras naquele mesmo local, que nunca levaram à destruição das dunas ali existentes”, afirmou João Bettencourt, para questionar o porquê de agora ter sido necessário “proceder à remoção substancial de uma parte da duna”.
Salientando anteriores intervenções que ocorreram no local, João Bettencourt recordou ter sido construído um passadiço, em 2017, com o objetivo de proteger a respetiva duna, com a justificação de que se encontrava “descontinuada pelo acesso aos balneários”. A este propósito, o secretário coordenador do PS/Faial referiu a necessidade de “se construir o passadiço de forma a desviar o acesso ao balneário, permitindo recuperar a funcionalidade ecológica da duna”.
Mas, conforme acrescenta, a duna tem sido, também, alvo de intervenções desde 2018 no âmbito do projeto LIFE VIDALIA, o programa de valorização e inovação cujas ações decorrem até junho de 2023.
Assim, os socialistas do Faial defendem que a alternativa a esta intervenção passa por garantir-se uma manutenção periódica que possa evitar a acumulação de grandes quantidades de algas, evitando-se, desta forma, “a utilização de maquinaria de grandes dimensões” e utilizando-se, inclusive, “a outra entrada da Praia de Porto Pim, o que contribuiria para não se danificar a calçada recentemente colocada”.
Atendendo, assim, à importante classificação desta zona, os socialistas recordam ainda ser um dos locais de excelência do Faial, e até dos Açores, “quer do ponto de vista turístico, quer pela elevada utilização por parte dos Faialenses, nomeadamente durante a época de verão, sendo que a intervenção, nomeadamente neste período, é também questionável”.