O parlamento chumbou, esta quinta-feira, uma proposta do PS Açores que permitiria à Região captar nómadas digitais através da criação de uma Rede Regional de Nómadas Digitais.
Carlos Silva, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores, lamentou a postura de alguns partidos que optaram simplesmente por rejeitar a proposta sem “pelo menos apresentar propostas de alteração ao diploma, já que o mesmo foi elaborado em forma de decreto legislativo regional exatamente para que fosse um documento aberto a contributos”.
“Entendemos que este era o caminho adequado”, considerou o deputado, isto porque “era uma proposta que permitia estabelecer condições, requisitos de acesso, medidas de fomento à atração de nómadas digitais para a Região, envolvendo todas as ilhas da Região, envolvendo entidades públicas e privadas, redes de incubadoras, associações empresariais, criando protocolos que tornem de facto atrativa a Região para um público muito específico que são os nómadas digitais”.
Ainda assim, na declaração final de voto, Carlos Silva salientou que, independentemente do autor da proposta, para o PS, o mais importante é que “haja de facto uma rede de nómadas digitais dos Açores”.
“O importante é que se faça, que não se perca mais tempo como se perdeu nos últimos dois anos e que a Região esteja em condições de atrair os nómadas digitais e que este seja um caminho para o combate ao despovoamento, à desertificação e à capacidade de atrair e reter jovens qualificados”, sublinhou.
Foi, segundo Carlos Silva, com esse sentido de responsabilidade “característico do Partido Socialista”, que o Grupo Parlamentar do PS Açores optou por se abster na proposta de projeto de resolução do CDS-PP.