Carlos Silva frisou, esta sexta-feira, que o Governo Regional da coligação “continua mais empenhado em atacar o Partido Socialista do que em resolver os problemas que ele própria cria”, como se comprova pelas “muitas indecisões e contradições” no processo de integração do Governo Regional dos Açores na Associação VizitAçores, ex-Associação de Turismo dos Açores (ATA).
“O ziguezague constante do Governo Regional e em particular da Secretária Regional, Berta Cabral, sobre a Associação quem tem como competência a promoção do destino Açores, já trouxe demasiadas incertezas e condicionamentos para a promoção turística da Região, em 2023, com consequências graves para o sector em particular colocando em causa muitos postos de trabalho”, realçou o membro do Secretariado Regional do PS/Açores.
Para Carlos Silva, é incompreensível que, “passados sete meses desde o anúncio de que o Governo dos Açores iria voltar a integrar a ATA, o assunto ainda não esteja resolvido” e diga hoje que “ainda não decidiu se vai, ou não integrar a Associação de Turismo dos Açores”.
O dirigente socialista considerou “inaceitável” que passados mais de sete meses sobre essa intenção, o Governo Regional “ainda não se tenha sentado com os responsáveis do sector e concretizado as condições de integração da nova Associação”.
“Das duas uma; ou o Governo Regional não tem coragem para assumir que não precisa de integrar os órgãos sociais da ATA para financiar a promoção turística regional, como decidiu o Governo Regional suportado pelo PS/Açores em 2018, assegurando que em 2019 e 2022 fossem ultrapassados vários recordes ao nível de fluxos turísticos, ou, mais grave, este é mais um caso em que o Governo Regional está enredado nas lutas partidárias pelo poder, não conseguindo colocar o interesse regional acima dos interesses dos diferentes parceiros da coligação que o suporta”, salientou Carlos Silva.
Para o Partido Socialista dos Açores “é fundamental não perder mais tempo no planeamento e na concretização da promoção turística da Região”.
Carlos Silva defendeu que é preciso “agir já, dar confiança e estabilidade ao setor e trabalhar com os empresários e empreendedores Açorianos no financiamento de campanhas prioritárias para 2023 e anos seguintes”, reforçando, inclusive, a “aposta em mercados estratégicos e em algumas ilhas, sobretudo em época baixa”.
“O ano de 2023 já está repleto de dificuldades e de incerteza para as famílias e para as empresas e o Governo Regional, ao invés de ajudar e de propor medidas e soluções, apenas se mobiliza para criar mais problemas para um sector estratégico para os Açores como o do Turismo”, assinalou Carlos Silva.