“As declarações de ontem do Presidente do Governo no âmbito da reunião do Conselho Económico e Social dos Açores mostram que o Governo está alheado da realidade e atrasado no combate ao impacto da inflação nas empresas e famílias açorianas”, refere Berto Messias em reação às afirmações de José Manuel Bolieiro.
Segundo o Vice-Presidente do Partido Socialista Açores “como é possível que só a 6 de janeiro de 2023, quando o País e toda a União Europeia tratam este assunto há vários meses, com medidas concretas de apoio às famílias e empresas, é que o Presidente do Governo anuncie medidas em abstrato, que ninguém conhece, nem tão pouco sabe o alcance que terão e, nalguns casos, medidas já anunciadas pelo Partido Socialista como a amenização dos custos da energia, quando o Governo já deveria ter apresentado um pacote de medidas especificas e concretas para combater o impacto da inflação na vida dos açorianos no ano passado?”
“Na verdade, o Presidente do Governo apresenta uma mão cheia de nada, não percebendo a realidade nem o impacto que a inflação já teve e está a ter no custo de vida, no aumento das matérias-primas, no custo dos bens essenciais e nas taxas de juro e, além disso, tenta passar para outros responsabilidades que são suas, invocando o Estado”, defende Berto Messias.
Para Berto Messias, “tomara que o Governo Regional tivesse adotado as medidas que foram criadas pelo Governo da República. Ao invés de estar sempre a criticar o Governo da República tentando arranjar um inimigo externo para disfarçar as suas incapacidades, deveria sim inspirar-se quer nas medidas quer na rapidez com que foram tomadas”.
“O Partido Socialista apresentou um Plano de Emergência Social e Económica dos Açores em 2022, com medidas concretas e abrangentes de apoio às empresas e famílias açorianas, que infelizmente foi chumbado pelos partidos que compõem a coligação de apoio ao Governo. Fizeram-no sem apresentar alternativas e não percebendo que para atacar o PS estão a prejudicar as famílias e as empresas açorianas”, defende Berto Messias.
“Pela primeira vez na história recente da nossa Autonomia democrática, o Governo dos Açores não avança rapidamente, primeiro do que o resto do país, com medidas concretas e de rápida execução que amenizem os impactos inflacionistas e reduzam os custos de vida e a taxa de esforço mensal das famílias. Assim fizemos na crise do subprime no início da última década e assim fizemos na crise da pandemia. Lamentamos que, desta forma e com esta inação e falta de concretização do Governo, o contexto económico e social externo sejam ainda piores”, referiu Berto Messias.