Os deputados do Partido Socialista, eleitos pelos Açores à Assembleia da República, viram ser confirmada pelo Presidente da Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações, a sustentabilidade da nova configuração dos cabos submarinos para a Região.
Segundo Francisco César, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, que falava à margem da comissão parlamentar de Economia, no âmbito da audição ao Presidente da Anacom sobre o anel de cabos submarinos que liga o continente-Açores-Madeira, “esta solução é a que apresenta mais benefícios para a Região, mas também para o país, no seu conjunto”.
Salientando, a este propósito, terem questionado o responsável pela Autoridade Nacional de Comunicações quanto aos benefícios deste novo modelo para a Região, bem como “se a sua implementação não iria colocar em causa uma ilha em detrimento de outra” ou, ainda, se haveria, com a sua execução, “a perda de qualidade do serviço na Região”, o socialista manifestou-se satisfeito com as respostas obtidas.
“Recebemos, da parte da Anacom, a garantia de que este é o modelo mais vantajoso para os Açores, conforme explicou o Presidente João Cadete de Matos, que destacou, na ocasião, vantagens do ponto de vista técnico, de segurança e, também, do ponto de vista dos sensores”, adiantou o parlamentar.
Referindo que do ponto de vista técnico o cabo ter a amarração na ilha Terceira “não representa nenhum impacto para a qualidade do serviço que vai ser prestado”, Francisco César realçou, também, as vantagens ao nível da segurança “para quem vive, trabalha e faz os seus investimentos na Região, nomeadamente na ilha de São Miguel”.
“Passamos a ter uma redundância em duas ilhas distintas, que estão em placas tectónicas distintas, permitindo, no caso de acidente no ponto de amarração do cabo que vai da Madeira para a ilha de São Miguel, uma alternativa que vai do continente para a ilha Terceira, que será complementada com o anel inter-ilhas”, considerou o parlamentar.
A finalizar, Francisco César evidenciou, também, as vantagens desta nova configuração que, do ponto de vista SMART, ou seja, dos alertas sísmicos, permite atravessar duas placas tectónicas, a de São Miguel e a da Terceira.