O PS Ponta Delgada tem vindo a acompanhar com muita apreensão o processo que envolve as obras da Calheta Pêro de Teive. Os anos passam e adiamento atrás de adiamento vão deixando marcas penosas na cidade.
“Há demasiado tempo que a Calheta Pêro de Teive aguarda por soluções. São promessas atrás de promessas. Os anteriores presidentes da câmara municipal prometeram resolver um imbróglio que, na verdade, resulta em grande parte do incumprimento dos privados. Os anos passam e Ponta Delgada continua ferida com um elefante branco que não serve os interesses de ninguém. É necessário agir em defesa do interesse público. Aquela zona histórica não pode continuar indefinidamente adiada”, alerta o Secretário Coordenador do PS Ponta Delgada, Vítor Fraga.
Para o PS Ponta Delgada mais importante que o passa culpas que também não resolve o problema, é que os poderes públicos exerçam todas as suas competências, incluindo na esfera judicial, para de uma vez por todas resolver aquela situação.
“Já todos percebemos que as decisões do passado não tiveram o desfecho esperado e estão a revelar-se fortemente penalizadoras para a cidade. A ânsia do anterior executivo camarário de demolir as galerias, para garantir cinco minutos de fama, sem assegurar, como na devida altura alertamos, uma solução definitiva para o espaço, demonstrou-se totalmente inócua convertendo apenas ruínas em ruínas demolidas. A Calheta de Pêro Teive não pode continuar votada ao abandono. Tem de voltar a ser um espaço das pessoas e com pessoas. É, por isso, necessária coragem política para resgatar a Calheta e, de uma vez por todas, acabar com uma situação que penaliza a cidade e os cidadãos de Ponta Delgada. Para o efeito, e caso seja necessário desbloquear tanto impasse e fortalecer a defesa do interesse público, a Câmara Municipal, ao invés de ser conivente com a situação, - como foi no passado, onde prorrogou o prazo de levantamento da licença de construção por um ano, adiando assim o inicio da obra por igual período - tem que lançar mão de todos os instrumentos ao seu dispor, para colocar os terrenos da Calheta Pêro de Teive sob a gestão da autarquia e encontrar soluções que efetivamente defendam o interesse público. É necessário resgatar a Calheta Pero Teive. Como está não pode continuar, sob pena das pessoas deixarem de acreditar que as instituições publicas existem para defender o património público”, conclui Vítor Fraga.