Carlos Silva realçou, esta quarta-feira, que o sistema do Subsídio Social de Mobilidade tem de “garantir um equilíbrio entre várias partes, entre a mobilidade dos Açorianos, mas também tem que ser atrativo para as companhias aéreas e sustentável para o Estado”.
O parlamentar socialista falava na cidade da Horta, no debate de uma proposta do BE que visava a simplificação do processo de compra de passagens aéreas para os residentes nos Açores e evitar fraudes.
Carlos Silva afirmou que o PS “não concorda, na íntegra, com a proposta do BE porque esta implica riscos acrescidos de redução da mobilidade dos Açorianos”, mas reconheceu a virtude de pretender “limitar a taxa de emissão do bilhete a um preço máximo de 30 euros”, de modo a minimizar fraudes.
O parlamentar socialista recordou que o Governo Regional da coligação PSD/CDS/PPM assumiu, há mais de um ano, o compromisso de “reativar o grupo de trabalho que existia” mas, passado todo este tempo, “nada fez”.
Carlos Silva realçou que o Governo regional “não tem uma posição clara sobre o Subsídio Social de Mobilidade”, uma vez que “ora defende que não faz sentido passar o ónus do diferencial entre o preço de residente para as companhias aéreas, mas depois diz que o Subsídio Social de Mobilidade deveria funcionar com mesmo modelo da Tarifa Açores”.
“O ónus recai sobre quem? Passa para as companhias aéreas? Está o Governo Regional em condições de garantir que se esse ónus passar para as companhias, elas estão em condições de continuar a voar para os Açores e garantir acessibilidades e mobilidade aos Açorianos?”, questionou, sem obter resposta.
“O Partido Socialista dos Açores defende um modelo de Subsídio Social de Mobilidade que seja atrativo e que garanta a mobilidade para os passageiros. Obviamente que é preciso introduzir alterações, garantir maior concorrência, para que haja companhias aéreas interessadas em voar para os Açores, garantindo, em simultâneo, a proteção dos residentes na nossa Região. Obviamente não é uma solução fácil, mas é importante caminharmos rapidamente para apresentar soluções e era isso que o Governo Regional dos Açores deveria estar a fazer e não está”, finalizou o deputado do PS, Carlos Silva.