Francisco César condenou, esta sexta-feira, a eventual possibilidade de o Governo Regional poder vir a fazer cortes no complemento para o doente deslocado, uma medida que, segundo o próprio, denuncia a falta de sensibilidade do executivo e a má gestão das finanças regionais.

“Foi com estupefação que assistimos à total insensibilidade do Governo Regional, nomeadamente através da Secretária Regional da Saúde, ao dizer que o complemento para o doente oncológico iria ter que ser modificado porque os recursos são finitos", denunciou Francisco César.

Alertando ser este um apoio fundamental a quem se encontra numa situação de maior fragilidade, o líder socialista considerou que a solução não pode passar por sacrificar os mais vulneráveis.

"O Partido Socialista não vai aceitar que isto aconteça. Se o Governo precisa de cortar despesas, então que comece por cortar no maior número de adjuntos e técnicos especialistas que alguma vez existiram no Governo Regional, e que representam um custo superior a um milhão e meio de euros, valor suficiente para cobrir integralmente este complemento", destacou.

O Presidente do PS/Açores frisou ainda que, apesar da atual crise financeira do Governo, os doentes deslocados continuam a ter direito a receber este apoio e exigiu que o Governo Regional garanta o pagamento atempado.

"A solução para quando não se tem recursos não é cortar em quem mais precisa, mas sim em áreas onde existem gastos desnecessários. Quando verificamos que o Governo aumentou o número de nomeados de 39 para mais de 80, gastando milhões de euros em técnicos especialistas, fica evidente onde se deve começar a cortar", afirmou.

Francisco César finalizou garantindo que o PS/Açores irá continuar a lutar para que os mais fragilizados não sejam penalizados pela irresponsabilidade financeira do Governo Regional.

"Não deixaremos que sejam aqueles que mais sofrem a pagar pelos erros de gestão desta governação", finalizou o Presidente do PS/Açores, Francisco César.