Francisco César acusou, esta segunda-feira, o Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM de “enganar os açorianos” em relação à execução dos fundos comunitários, para lamentar que dos cerca de 1.100 milhões de euros disponíveis no novo quadro comunitário de apoio - o Açores 2030 - apenas “800 mil euros tenham chegado às empresas”.

Para o líder do PS Açores, que intervinha na abertura das Jornadas Parlamentares do GPPS Açores, que decorrem em Santa Maria, o Governo Regional está a vender uma “ideia de sucesso” quando, na realidade, a maior parte das verbas executadas serviram para pagar obrigações de serviço público à SATA e despesas de gestão interna do executivo.

“De cerca de 1.100 milhões de euros disponíveis no Açores 2030, foram executados até agora 66 milhões de euros. Desse valor, cerca de 91% foram utilizados para pagar obrigações de serviço público à SATA e os restantes milhões para despesa de gestão interna do Governo Regional, sendo que apenas 800 mil chegaram efetivamente às empresas Açorianas”, denunciou.

Segundo Francisco César, isto demonstra que o Governo Regional “não só tem a desfaçatez de nos dizer que está a gastar milhões de euros, quando na verdade está a trabalhar para si, como que para as empresas apenas chegaram cerca de 800 mil euros”.

Reiterando a gestão desastrosa que este Governo está a ter ao nível das finanças públicas regionais, Francisco César criticou, ainda, o baixo ritmo de execução do novo quadro comunitário de apoio, salientando que apenas 5,7% dos fundos foram efetivamente aplicados.

“O Secretário Regional das Finanças veio dizer que os Açores têm a maior taxa de execução de fundos comunitários, para já gostaria imenso que se tivesse referido ao quadro comunitário anterior cuja maior parte da execução foi feita pelos governos socialistas, mas com a verdade nos enganam muitas vezes, uma vez que o Açores 2030 tem, neste momento, uma taxa de execução de apenas 5,7%”, afirmou.

Para o líder socialista, este é um programa vital para o desenvolvimento económico e social da Região, sendo por isso fundamental rigor e transparência na sua execução, por se tratar “de oportunidades que estão a ser perdidas devido à má gestão e incapacidade do Governo Regional”, acrescentou, ainda, o Presidente do PS/Açores, Francisco César.