Não haja qualquer dúvida de que o PSD de Berta Cabral anda nervoso, inquieto e irrequieto, destinando todo o tempo de antena e todas as oportunidades para atacar o Partido Socialista e o seu líder Carlos César, de um modo muito especial. A pouco mais de um ano das eleições legislativas regionais, as hostes laranja não conseguem esconder ou disfarçar o medo de ver uma disputa eleitoral que envolva Carlos César e tentam a todo o custo arranjar argumentos mais ou menos esfarrapados para questionar uma eventual candidatura do líder socialista. Tenham calma! A seu tempo, aliás como já foi anunciado, o Partido Socialista dará conta aos açorianos de quem apresentará ao sufrágio dos eleitores. Compreendemos que Berta Cabral e companheiros, estejam muito ansiosos face a uma hipotética candidatura de César e não consigam disfarçar o reconhecimento de que não teriam qualquer hipótese perante o peso político de uma personalidade que carrega muitíssimas provas dadas de competência e eficácia na arte de bem governar e bem defender os Açores e os açorianos. Um dos últimos argumentos de Berta Cabral, é o de que César já estaria há muito tempo na política activa e no governo dos Açores e que já estaria velho e cansado. Por mera curiosidade, consultámos os sites do PSD e o da Câmara Municipal de Ponta Delgada – que se confundem – e verificámos o curriculum de Berta Cabral. Perante esses de documentos insuspeitos, pudemos anotar há quanto tempo a líder do PSD, que se apresenta como sendo uma renovação, estaria a desempenhar cargos e funções políticas. Em 1980 – já lá vão mais de trinta anos - foi requisitada pelo Governo Regional dos Açores para os Serviços Regionais de Produtos Agro-Pecuários aonde permaneceu até 1983, sendo sido nomeada de seguida para Directora de Serviços do Comércio – Secretaria Regional do Comércio e Industria. Em 1984, nova nomeação, agora para Directora Regional do Tesouro, cargo que ocupou durante quatro anos; Prosseguindo a senda das nomeações, em 1988 passa a ser a Directora Regional dos Transportes e, em 1991 é nomeada Administradora da Empresa de Electricidade dos Açores; Em Junho de 1994, nova nomeação e voa para o exercício do cargo de Presidente do Conselho de Administração da SATA Air Açores, que ocupou até Novembro de 1995, altura em que integra o VI Governo Regional dos Açores, sendo nomeada para a pasta de Secretária Regional das Finanças e Administração Pública, com os resultados que são bem conhecidos de todos e constituíram uma pesada herança para de Governo de Carlos César. Após a derrota do PSD nas eleições de 1996, exerceu as funções de Deputada à Assembleia Legislativa Regional dos Açores até Dezembro de 2001. Desde essa data, ou seja, nos últimos dez anos, tem exercido o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada! Como facilmente se verifica, Berta Cabral há mais de trinta anos exerce consecutivamente cargos de nomeação e eleição política e, por conseguinte, não pode de modo algum querer alegar, como factor negativo, o tempo que outro cidadão exerce funções políticas e governativas. No tempo de Mota Amaral – e estamos a falar do século passado – já Berta Cabral estava no governo! Qualquer observador, por menos atento que seja, poderá constatar, quer a nível do Partido Socialista quer a nível do Governo Regional, a constante renovação de quadros e dirigentes que tem sido realizada ao longo dos anos, enquanto no PSD continuam a ser os mesmos velhos de sempre! Olhemos, por exemplo para os grupos parlamentares e facilmente se verificará aonde existe mais renovação, mais juventude, mais mulheres, mais ideias e mais vontade de servir. Tenham calma, por favor. Apresentem ideias, argumentos válidos e invistam menos em cartazes e na política do maldizer!