Nunca é coletiva, lembrou Santos Silva, na qualidade de Presidente da AR, a um discurso sobre a comunidade cigana, vindo das bandas do costume.
O argumento da fábula infantil de que, “se não foste tu, foi o teu pai”, que na versão benigna também legitima monarquias, contraria em tudo o impostergável adquirido civilizacional de que a culpa (responsabilidade), tal como o mérito, são intrinsecamente pessoais e intransmissíveis, e lógica decorrência do reconhecimento e prática conforme à dignidade da pessoa humana. E não compactuar com evidências que se querem hoje intransponíveis, é bem um dever cidadão, quando a Europa se defronta novamente com a guerra, fundada em ideologias extremistas, nacionalistas e amigas da barbárie, o mesmo é dizer de extrema-direita – apesar do PCP fazer o favor de o mascarar… Os resultados recentes das eleições na Hungria, e as sondagens das presidenciais francesas, parecem, contudo, mostrar que, mau grado as evidências, a procura de alternativas no quadro democrático anda perigosamente confusa. Há que encontrar soluções para um tempo novo, que cumpra e aprofunde a tradição democrática e sedimente uma Europa de paz, liberdade e progresso.