Opinião

Compakid

Decorreu o plenário de 18 a 21 deste mês. A coligação partiu tolhida e terminou aturdida.
Carregavam nos ombros o peso de dois anos (mal) passados, cometendo os mesmos erros de há 40 anos, persistindo nos mesmos vícios, reproduzidos pelos mesmos protagonistas e pelos seus discípulos. Carregavam nos ombros o peso do descontentamento dos açorianos.
Passados dois anos, ao invés de tropas mais organizadas, mais motivadas, mais preparadas, o que há é uma coligação cada vez mais desmembrada.
Desengane-se quem pensa que o desmembramento é só entre os partidos da coligação. Não, não. É também dentro dos partidos da coligação. A verdade é que estão mais partidos que nunca.
Começámos a perceber que os guerreiros da coligação que estiveram, no início, prontos para dar a cara em qualquer batalha, agora, estrategicamente, avançam seletiva e comedidamente. Escolhem as batalhas, medem o perigo, evitam as batalhas perdidas.
Entretidos com isto tudo, distraídos do essencial. É assim que segue o dia a dia da coligação e do Governo. De trica, em trica. De ameaça, em ameaça. De chantagem, em chantagem.
Abstraídos e insensíveis à vida real das empresas e das famílias. Alheados das dificuldades de quem vai ao supermercado e traz metade do que trazia há 3 meses, com o mesmo dinheiro.
Afinal o que fez o Governo Regional? Nada. E o que vai fazer? Muito pouco.
Vai conceder um crédito de 1500 euros nas farmácias como apoio à natalidade para as crianças que (já) nasceram em 2022, em alguns concelhos, por imposição do Chega. Gostava de saber se algum casal decide ter um filho porque pode gastar 1500 euros na farmácia em fraldas, toalhitas e leite de fórmula? Que eu saiba o comum dos mortais (como eu) não opta por comprar fraldas na farmácia. Quem ganha com isto?
Haja paciência!