Opinião

Responsabilidade

Nos últimos dias “responsabilidade” é a palavra que mais se ouve por cá. Como num golpe de mágica, os partidos da coligação, que nos governa há 3 anos, passaram do registo da “estabilidade”, dizendo-se presididos por alguém que se autoproclamava um “referencial de estabilidade” para clamar agora pela responsabilidade, que outros têm que ter para manter a sua longevidade.

Terá sido em nome da estabilidade para a legislatura, que o Representante da República indigitou o Presidente do PSD/Açores como Presidente do XIII Governo Regional dos Açores, no pressuposto de que o próprio assegurava os fundamentos para a mesma. A saber, um acordo de coligação entre o PSD, o CDS/PP e o PPM, acordos de incidência parlamentar com outras forças políticas regionais e o acordo de todos em relação aos documentos fundamentais de uma democracia parlamentar: o Programa de Governo e os Orçamentos anuais.

Decorridos 3 anos, o que daí para cá se passou, é conhecido de todos. Entraram uns, saíram outros e a maravilha da suposta estabilidade foi sendo desmontada, não por culpa da oposição, mas sim por culpa do PSD, do CDS/PP e do PPM.

Diz o ditado que “quem não se sente não é filho de boa gente”…e é isso mesmo que tem acontecido nesta coligação, a que se somam também resultados nada brilhantes da própria governação.

Poder-se-á concluir que PSD, CDS/PP e PPM foram negligentes na ação, que deveriam ter tido, em nome da estabilidade que tanto apregoaram ter conseguido? Claro!

Eis, pois, um claro exemplo de como deviam ter sido fortemente excessivos na prudência. Era aos próprios que essa era exigida em primeira linha. Por isso, e uma vez que não o foram, é escusado virem agora com a conversa sobre a responsabilidade destes e daqueles. A responsabilidade do estado em que estamos é do PSD, do CDS/PP e do PPM.

Sobre isso não há dúvidas nenhumas.