Enquanto o lucro da banca volta a bater lucros exorbitantes, uma grande parte da população ainda enfrenta um mar de desigualdades. Essa é a realidade em que vivemos, uma realidade moldada por políticas mundiais de direita que favorecem os interesses de uns em detrimento do bem-estar comum. A crise inflacionária expôs essas desigualdades de uma forma brutal e evidenciou a necessidade urgente de uma mudança.
Na essência da ideologia de esquerda reside o compromisso com a justiça social e económica. É hora de resgatar esse compromisso e colocá-lo em prática. Devemos desafiar o status quo que perpetua a concentração de riqueza nas mãos de poucos enquanto tantos lutam para sobreviver. Isso significa implementar políticas progressistas de uma melhor redistribuição da riqueza gerada para que se garanta dignidade a todos.
Além disso, é fundamental reconhecer e combater as dificuldades que ainda existem no acesso aos serviços básicos, como a saúde e a educação. E aqui a esquerda tem a responsabilidade de liderar a luta pelos sistemas de saúde e educação públicos e universais, onde o acesso não volte a ser determinado pelo tamanho da uma qualquer conta bancária.
Em última análise, a realidade atual é uma oportunidade para a esquerda reafirmar o seu compromisso com os valores fundamentais de igualdade, solidariedade e justiça. A esquerda deve avançar com coragem e determinação, construindo um futuro onde a prosperidade seja compartilhada por todos, não apenas por alguns privilegiados. Este deve ser o desígnio da ação da esquerda para uma sociedade mais justa e equitativa, onde todos tenham a oportunidade de crescer.
(Crónica escrita para Rádio)