À medida que nos deparamos com uma deslocação de toda a direita para pontos políticos mais extremos, é imperativo comparar e reconhecer o compromisso da esquerda na busca de um País mais unido.
Aliás, à medida que avançamos rumo ao dia de mais um ato eleitoral, é a esquerda que continua a demonstrar um papel crucial na defesa dos direitos e na redução das disparidades que ainda existem. Portugal tem testemunhado progressos significativos, mas há muito para ser feito e este caminho não pode nem deve ser interrompido.
A esquerda defende políticas que visam a igualdade social e económica e isso tem se traduzido em mais rendimento disponível, impostos mais baixos e intervenções governamentais mais rigorosas para proteger direitos essenciais para uma vida mais digna e mais equitativa.
Por outro lado, a direita com tendência a favorecer políticas ditas de liberdade individual e de livre iniciativa do mercado, esquece-se que vivemos em comunidade. Neste objetivo pode até incluir redução de impostos, mas só aos que mais podem, prefere uma menor regulamentação governamental e uma abordagem mais conservadora em questões sociais como assistimos em relação a assuntos há muito resolvidos em Portugal.
Enquanto a esquerda tende a expandir o papel que um governo deve ter na vida económica e social, a direita defende um governo limitado acreditando que o mercado livre é o melhor caminho para alcançar a prosperidade, mas esquece-se que o mercado sozinho nunca será para todos e será sempre seletivo.
Caro ouvinte, esta não é apenas uma opinião sobre ideais ou teorias políticas, é um apelo à ação, para que cada um de nós se una na defesa dos valores que têm garantido que a jornada rumo à equidade e à justiça social não seja interrompida.
(Crónica escrita para Rádio)