O Presidente do Governo Regional e líder do Partido Socialista nos Açores, Carlos César, rejeitou ontem à noite, em São Jorge, uma campanha eleitoral baseada em ataques pessoais e ausência de projectos.
Falando na qualidade de Presidente dos socialistas açorianos, no decorrer da apresentação pública dos candidatos do Partido pelo círculo eleitoral jorgense, Carlos César disse explicitamente que os ataques pessoais e as promessas “a torto e a direito” dos adversários são o que de mais baixo há na política, “à falta de um projecto e de uma proposta concreta” viável.
Explicando melhor esta ideia, o actual Presidente do Governo, e recandidato, acrescentou que é fácil fazer promessas em “cada canto da Região”, dando como exemplo algumas “garantias” da oposição em levar a cabo obras – como a ampliação do cais acostável das Velas, uma intervenção planeada já para o início do Quarto Quadro Comunitário de Apoio, que se começa a 1 de Janeiro de 2007, com a comparticipação da União Europeia em 85% do orçamento – sem ponderar os custos reais que uma antecipação acarretaria um investimento de 100%, em vez de apenas 15%.
Carlos César admitiu depois que alguns dos compromissos assumidos anteriormente não foram totalmente cumpridos, por dificuldades várias, nomeadamente por causa das calamidades que absorveram mais de 320 milhões de euros, retirando capacidade de intervenção em outras áreas previamente planeadas.
Mesmo assim, Carlos César não teve dúvidas em afirmar que a vida dos açorianos é “incomparavelmente melhor” do que há oito anos atrás e que está em marcha um processo de desenvolvimento sustentado da Região, alicerçado em vectores de que são exemplo a modernização dos sectores produtivos tradicionais, como a agricultura e as pescas, aliado a novas apostas de que o turismo é símbolo já reconhecido.
No que respeita concretamente à ilha de São Jorge, para além de concluir os projectos que por dificuldades várias ainda não foram realizados totalmente, Carlos César garantiu que o próximo Governo do PS vai concluir a iluminação e instalação de equipamento no porto da Calheta, iniciar o processo de construção de um núcleo de recreio náutico nas Velas, consolidar o processo de remodelação profunda do sector dos lacticínios da ilha, ampliar o Centro de Saúde da Calheta e muitas mais intervenções que se justificam nas mais variadas áreas.