O Presidente do PS/Açores defendeu, esta terça-feira, que face à situação precária do Serviço Regional de Saúde, o Governo do PSD/CDS-PP/PPM deveria ter apostado na vacinação em massa contra a gripe sazonal, de forma a evitar uma sobrecarga dos serviços de saúde em São Miguel.
“Temos, aqui em São Miguel, um hospital parcialmente paralisado, por falta de investimento e um hospital modular que teima em não funcionar”, alertou o socialista, para salientar que “em vez de se seguir o princípio da precaução e de gestão prospectiva da gripe sazonal”, este Governo nada fez, contribuindo para que a Região tenha a mais baixa taxa de vacinação do país contra a gripe sazonal no grupo etário +65 anos.
“Neste grupo etário, a taxa de vacinação contra a gripe sazonal é de apenas 36%. Este número envergonha-nos, quando comparado com a Madeira, com 78,6%, ou com a região Norte, 85,2%”, afirmou Francisco César, para defender que mais grave que esta comparação “é verificar que este número tão baixo significa uma total ausência de rumo e estratégia do Governo Regional na gestão do Serviço Regional de Saúde”.
A este propósito, o líder socialista alertou que ao “contrário do que acontece no Continente, onde as vacinas contra a gripe sazonal podem ser aplicadas na população de risco de uma forma gratuita e imediata nas farmácias, na Região, erradamente, optou-se por recorrer, exclusivamente, neste âmbito, às unidades de saúde”.
“Os números falam por si e revelam que não foi feita uma aposta na sensibilização para a vacinação dos Açorianos. No final de todo este processo, devemos questionar o Governo sobre o número de vacinas, compradas e que por não terem sido administradas, vão acabar no lixo”, alertou o socialista.
“Nesta Região, infelizmente, não se governa. Gerem-se e arrastam-se o marasmo e os problemas. No fim disto, ninguém ganha, apenas perdem aqueles que mais precisam, os doentes", concluiu Francisco César.
Este é mais um alerta do PS/Açores sobre as falhas na gestão do Sistema de Saúde Regional, apelando a um esforço imediato para garantir melhores condições de saúde e segurança para os Açorianos, em especial os mais vulneráveis.