Carlos César apresentou hoje a sua candidatura à Presidência do Partido Socialista nos Açores.
Na sede regional do partido, em Ponta Delgada, Carlos César - falando dos objectivos que norteiam a sua candidatura - afirmou que pretendia a renovação programática do partido; a renovação dos recursos humanos que envolvem a direcção e a gestão do PS, bem como a renovação ao nível governativo; a vitória nas eleições regionais; e, ainda, promover e acentuar o nosso esforço e o nosso contributo para o desenvolvimento dos Açores, ajudar o engenheiro José Sócrates a ganhar as eleições nacionais de 2009 e aumentar a influência autárquica do PS nos Açores.
Referindo-se, concretamente, à renovação programática que pretende implementar, Carlos César disse que o primeiro passo será a recepção de um documento-base elaborado por um conjunto de personalidades oriundas de diversas tendências políticas, áreas sociais e profissionais, documento esse que propiciará uma discussão pública no âmbito do Fórum 2013, uma realização semelhante a outras organizadas pelo PS, como a Convenção Para a Nova Autonomia.
"Nós queremos que todos contribuam para o novo programa do Partido Socialista, sejam socialistas ou não socialistas", afirmou Carlos César, frisando, no entanto, que o seu Governo será, apenas, da responsabilidade do PS e que qualquer entendimento com outras forças partidárias passará pela análise e acolhimento, pontuais, de propostas consideradas válidas, pois em primeiro lugar estão os Açores e os açorianos.
Respondendo às reacções da Oposição à sua candidatura, Carlos César desvalorizou-as, afirmando que não lhe parecia bem o PSD comentar a vida interna do PS, já que ele próprio se tem escusado a fazê-lo em relação àquele partido, nomeadamente quando Luís Filipe Meneses desconsiderou o líder regional social-democrata, achando-o incapaz de vencer eleições e dizendo que era necessário melhorar a qualidade do PSD.
No entanto, e em relação à sua candidatura, não deixou de referir que "se por acaso eu tivesse dito - que não disse - ao engenheiro José Sócrates que gostaria que ele fizesse determinadas coisas para os Açores, senão não me candidataria, tenho a certeza de que o engenheiro José Sócrates faria todo o esforço possível para satisfazer aquilo que eu lhe pedisse. Pelo contrário, se o dr. Costa Neves pedisse ao dr. Luís Filipe Meneses "olhe, faça-me isto, senão não me candidato", eu tenho quase a certeza de que o dr. Luís Filipe Meneses aproveitava e dizia "olha, não te candidates".
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