PS/Açores critica falta de ética de Montenegro e responsabiliza-o pela crise política

PS Açores - Há 14 horas

O deputado do Grupo Parlamentar do Partido Socialista/Açores, Berto Messias, reiterou hoje, na Horta, que a crise política nacional “tem um responsável claro: o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, e a sua insistência numa moção de confiança sem viabilidade”.

Berto Messias, em intervenção durante a sessão plenária, no âmbito de uma declaração política do PPM, destacou que o Partido Socialista sempre deixou claro que não daria qualquer apoio a uma moção de confiança apresentada por um Primeiro-Ministro envolvido em dúvidas éticas e num claro conflito de interesses.

"Sabemos, há um ano, que o Partido Socialista jamais votaria favoravelmente ou viabilizaria uma moção de confiança. O Secretário-Geral do PS disse-o na noite eleitoral de 2024 e reafirmou-o em todas as oportunidades posteriores", frisou o deputado.

Berto Messias denunciou ainda o comportamento do Primeiro-Ministro, que tem evitado esclarecer cabalmente as suas ligações empresariais e as consultorias prestadas a grupos económicos com interesses diretos no país.

"Alguém que é Primeiro-Ministro de Portugal não pode receber avenças de grupos económicos com interesses em concessões do jogo ou em decisões governativas. Esta situação é insustentável e coloca em causa a transparência e a ética política", afirmou.

O PS/Açores deixou claro que não teme novas eleições e que estará pronto para apresentar as suas propostas aos portugueses, com especial foco em soluções para a habitação e o aumento do custo de vida.

"O Partido Socialista não perderá o foco. Nós não nos deixaremos arrastar para uma bolha mediática e partidária. Continuaremos a trabalhar para apresentar medidas concretas que respondam às reais necessidades das famílias", garantiu Berto Messias.

O PS/Açores sublinha que a responsabilidade pela instabilidade política e pelo iminente agendamento de eleições recai exclusivamente sobre Luís Montenegro e o seu governo.

"Se hoje estamos confrontados com uma crise política, isso deve-se unicamente à falta de ética e de transparência do Primeiro-Ministro. O PS estará, como sempre, ao lado dos portugueses para construir um futuro melhor", concluiu Berto Messias.

 

Horta, 11 de março de 2025