O GPPS-Açores realizou, nos últimos dois dias, as suas XVIII Jornadas Parlamentares desta Legislatura. Fizemo-lo nesta maravilhosa Ilha de São Jorge, onde debatemos os caminhos do futuro da agricultura, para que se cumpra sempre e "Sempre Mais Açores". E que lugar mais indicado para o fazer do que aqui, em São Jorge, onde está em curso um extraordinário processo de reestruturação e modernização agro-industrial.
No âmbito das jornadas, o GPPS-Açores teve oportunidade de visitar as novas fábricas da Beira, Lourais e Finisterra, fruto dessa profunda reestruturação, tendo ainda reunido com as respectivas direcções, bem como com um dos elementos da direcção da Lactaçores e, ainda, com os dirigentes das Associações Agrícola e dos Jovens Agricultores de S. Jorge.
S.Jorge tem como produto de excelência o seu afamado queijo, produto ex-libris não só da ilha como dos Açores, possuindo uma Denominação de Origem Protegida (DOP) e representando o produto lácteo de maior valor acrescentado dos lacticínios açorianos.
É por isso que a organização e qualificação desta importante cadeia de valor se reveste da maior importância para a ilha e para a Região, permitindo, a partir de uma melhor organização da fileira e da estrutura produtiva e de comercialização, a criação considerável de maior valor acrescentado e riqueza.
Tempos de má memória, de falências - de produtores, de organizações de produtores e de indústrias - de brutais atrasos de pagamento, de profunda desestruturação da fileira agro-industrial, num cenário de total incapacidade e descrença que encontrámos por todos os Açores e também aqui em São Jorge, estão definitivamente para trás. Tão para trás que Costa Neves, que integrava esses Governos do PSD, parece já nem conseguir recordar. Como se nunca tivesse lá estado, passado ou sequer alguma vez tido alguma coisa com isso. Admirável! Para Governar é preciso ser credível, apresentar resultados. É definitivamente muito mais que perguntar ao espelho: " espelho, espelho meu, existe nos Açores alguém com voz mais grossa do que eu? "
Mas os agricultores sabem bem, o quanto foi preciso trabalhar, o quanto foi preciso investir, o quanto foi preciso ultrapassar para que, com as suas Organizações, com o apoio sempre presente e a orientação politica dos Governos de Carlos César, erguer dos destroços a agricultura dos Açores e transformá-la - no espaço de uma década - num sector, já hoje, de referência nacional e considerado na União Europeia.
Que melhor prova disso, do que por iniciativa do Presidente do Governo, Carlos César, a Comissária Europeia da Agricultura ter estado aqui, em São Jorge, há poucos dias. E quando este acontecimento deveria ter constituído motivo de regozijo unânime pela importância que, acima de tudo, constituiu para os Açores e para o seu futuro, lamentavelmente provocou um destemperado e descontrolado ataque de ciumeira política no líder do PSD. Inexplicável para quem devia ter os interesses dos Açores acima da pequena querela eleiçoeira.
E que melhor prova da diferença para melhor de um sector que já representa 50% do queijo nacional, do que o recente aumento de mais 23.000 toneladas de quota leiteira aos Açores, fazendo passar a capacidade produtiva da Região das 392.000 toneladas possuíamos no tempo do PSD para as actuais 573.000 toneladas. Um aumento fantástico de 46%, mais 180 milhões de quilos de leite, fruto da dinâmica e da capacidade de investimento dos agricultores açorianos e da capacidade e iniciativa dos Governos do Partido Socialista.
Temos consciência de que não estão vencidos todos os problemas, contudo com a obra em curso está claramente delineado o rumo, com o qual os agricultores se identificam, que conduzirá, por via da nova condição de excelência transformadora e da reorganização comercial, não só à criação de importantes economias de escala para a fileira, como permitirá uma melhor defesa dos interesses e da imagem comercial do queijo de S. Jorge.
Ao nível do contrato eleitoral que o PS-Açores assumiu com os jorgenses, e para além dos investimentos na agro-indústria dos lacticínios, é importante realçar, pelo seu carácter estrutural e multiplicador, diversos investimentos ao nível do ordenamento agrário como o avanço dos Perímetros de Ordenamento Agrário de Rosais/ Beira/ S. Amaro e de S.Antão/Topo, e das infra-estruturas, designadamente, a ampliação do sistema de abastecimento de água à lavoura e a asfaltagem de mais de 20 quilómetros de caminhos agrícolas.
De realçar, igualmente, a construção da nova aerogare e do parque de estacionamento do aeroporto de S. Jorge, o qual tem já em fase de adjudicação a obra de ampliação da pista; a obra em curso no porto da Fajã do Ouvidor, do núcleo de recreio náutico de Velas, o novo acesso ao porto comercial, a colocação de tapete betuminoso em muitos e muitos quilómetros da estrada regional e a ampliação do quartel de bombeiros de Velas. É de realçar também a protecção da orla costeira da Fajã de S. João e da Avenida da Conceição, nas Velas.