O PS/Açores defendeu hoje, no parlamento açoriano, o acerto das orientações definidas para a Região no âmbito da política de transportes aéreos de e para os Açores e espera por parte do PSD o reconhecimento desse facto.
Para o deputado José Rego, as medidas de orientação da política económica regional que "prevêem a manutenção de regimes de preços diferenciados dos restantes territórios nacionais e assentes numa política de defesa dos interesses dos consumidores e em sectores de actividade que não apresentam, do lado da oferta, sobretudo ao nível das ilhas mais pequenas, uma diversidade de operadores que possam garantir, só por si, uma concorrência efectiva, têm sido nos últimos tempos analisada e apreciada por madeirenses e continentais que pedem que sejam tomadas medidas nos seus territórios que vão ao encontro das tomadas nos Açores".
Assim este deputado socialista, que é simultaneamente presidente da Comissão de Economia do parlamento açoriano, espera que, face à experiência em curso na Madeira no sector dos transportes aéreos, "os defensores da liberalização e da auto-regulação, mais cedo ou mais tarde, venham dizer que a trajectória traçada pelos governos do PS para os Açores foi a mais acertada para o desenvolvimento económico e social desta Região".
Na declaração política que proferiu na Assembleia Legislativa, José Rego lembrou que na Madeira, que optou pela liberalização dos transportes aéreos, está em curso uma petição que visa a reposição das obrigações de serviço público. Isto porque, explicou, " os estudantes perderam a sua tarifa especial; foram oferecidas tarifas promocionais que correspondem apenas a 1,3% do total dos lugares oferecidos e as tarifas das viagens sem restrições passaram, em alguns casos, para mais do dobro do preço".
"Este é o resultado da liberalização numa região em que o movimento de passageiros está concentrado numa única gateway e que tem cerca de 13 ligações por dia - 8 da TAP, 3 da PGA e 2 da Sata. Tudo isto numa gateway que movimenta quatro vezes mais passageiros por ano do que o aeroporto de Ponta Delgada", referiu o deputado do PS que, de seguida, constatou:"Imagine-se o efeito desta medida na nossa região, sem continuidade territorial e com 5 gateways".