“As eleições europeias materializaram-se num resultado muito bom para o PS/Açores”, afirmou José San-Bento.
O Vice-Presidente da bancada parlamentar socialista falava esta quarta-feira, na Horta.
Para José San-Bento, “este resultado reforça a confiança no PS - isso é objetivo – e o PS/Açores interpreta essa confiança da parte dos Açorianos com ainda maior responsabilidade, para continuar a desenvolver os Açores e a superar as dificuldades com que nos temos deparado nestes últimos anos”.
O deputado socialista destacou também que “do ponto de vista das oposições, há dados interessantes que merecem uma leitura política”.
"O eleitorado deu no passado dia 25 de Maio um sinal de que podemos estar a assistir a uma reconfiguração política da oposição nos Açores e isso para o PS é muito importante porque nós sempre dissemos que queríamos e desejávamos uma melhor oposição”, frisou San-Bento.
Conforme explicou o deputado socialista, o “enfraquecimento do bloco de direita, a dispersão eleitoral dos vários partidos com representação regional e o surgimento de novas forças políticas confirma as referências que o PS tem feito insistentemente de que a oposição deveria fazer mais, deveria fazer melhor e deveria ter um contributo mais substantivo em prol dos Açores”.
O parlamentar socialista alertou que “a abstenção foi um aspeto transversal nestas eleições” e que deverá “merecer uma atenção muito especial”.
No plano europeu, José San-Bento realçou que o PS se “bateu para haver uma alteração da corelação de forças que neste momento domina a Europa. Nós continuamos a achar que as eleições para o Parlamento Europeu eram o momento adequado para se poder criar um contraponto para uma Europa que hoje vive de uma grande preponderância da Alemanha e também de uma grande preponderância de um Conselho Europeu que é governado sobretudo por partidos do centro-direita”.
Para o parlamentar socialista, “esta maioria do PPE que foi reforçada no Parlamento Europeu faz-nos supor que o enquadramento para o nosso país, um país periférico e com as dificuldades que atualmente temos, não melhorará substancialmente”.
“Isso é um dado preocupante, que significa que o país terá de ter um governo forte e competente, mas que terá pouca margem de manobra para alterar as políticas europeias. Apesar de tudo, nós achamos que é possível um Portugal diferente, que concilie rigor na questão das finanças públicas, com crescimento e com emprego e o PS continua vinculado a este compromisso”, concluiu José San-Bento.