“Nos últimos dez anos, a produção cirúrgica nos Açores tem aumentado consideravelmente, fruto do esforço de todos os recursos humanos das unidades de saúde e das medidas implementadas pelo do Governo dos Açores”, defendeu Ricardo Cabral.
O deputado socialista falava esta terça-feira em plenário, na Horta, num debate sobre os tempos máximos de resposta para intervenções cirúrgicas.
“Tendo em conta que os recursos financeiros são sempre limitados, no Plano e Orçamento para 2013, o Governo Regional dos Açores disponibilizou 270 milhões de euros para a Saúde, mais 30 milhões de euros do que no ano transato, um verdadeiro sinal da prioridade que o Governo dos Açores dedica à saúde dos açorianos”, lembrou Ricardo Cabral.
“Nos Açores temos apenas três hospitais e uma clínica privada que realiza cirurgias programadas. As estratégias e as prioridades para combater as listas de espera cirúrgicas têm, necessariamente, de ser diferentes”, explicou o deputado.
Para Ricardo Cabral, “há infraestruturas de grande qualidade, existem blocos operatórios muito bem equipados, há equipas cirúrgicas de alta qualidade”, embora “saibamos que há falta de médicos-cirurgiões de determinadas especialidades e de médicos anestesiologistas na Região”.
“Sabemos que há falta de anestesiologistas no Hospital de Ponta Delgada, falta de ortopedistas no Hospital da Horta e falta de médicos-cirurgiões vasculares no Hospital de Angra de Heroísmo. Sabemos também que as listas de espera se referem, quase na sua totalidade, a estas especialidades”, frisou o parlamentar socialista.
Ricardo Cabral sublinhou que “as cirurgias urgentes têm sido efetuadas sem problemas, mesmo as do foro oncológico”, adiantando que “em 2012, foram realizadas 15.980 cirurgias e em 2013 foram realizadas 18.701, o que representa um aumento muito satisfatório de 17%”.
O deputado socialista apontou os “importantes investimentos nos hospitais dos Açores, ao nível do avanço tecnológico e científico; do contínuo reforço do quadro clínico; do aumento de consultas de especialidade; do aumento de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, que melhoraram a rapidez do diagnóstico e a excelência do tratamento dos doentes, traduzindo-se num aumento significativo da qualidade de vida da população”.
Ricardo Cabral entende que “é muito difícil eliminar as listas de espera, mas podemos contribuir todos para diminuir o tempo de espera para períodos de tempo mais aceitáveis”.
“É necessário dar continuidade às políticas do Governo Regional para continuar a otimizar o Serviço Regional de Saúde, equilibrar as listas cirúrgicas e melhorar os níveis de saúde dos açorianos que optaram viver nos Açores”, concluiu Ricardo Cabral.