“Precisamos de um novo olhar no Governo da República para com os Açores. E o projeto liderado por António Costa interpreta bem este novo olhar; o facto de António Costa ter como seu mandatário nacional um dos grandes Açorianos do nosso tempo – Carlos César – é bem a prova de que este é o projeto que serve os Açores, que serve os Açorianos”, defendeu Vasco Cordeiro.
O Presidente do PS/Açores falava esta segunda-feira, no Teatro Micaelense, perante mais de um milhar de apoiantes da candidatura de António Costa às Eleições Primárias do PS, que decorrem no próximo dia 28.
Vasco Cordeiro lembrou que o processo eleitoral das Primárias “não diz respeito apenas ao Partido Socialista, nem ao continente, mas tem muito a ver com os Açores e com a relação que pode e deve existir entre a República e a Autonomia Açoriana”.
O líder dos Socialistas Açorianos afirmou “sem qualquer dúvida” que a “liderança de António Costa, nesta grande tarefa de mobilizar o país, inclui também as Regiões Autónomas, considerando-as como um ativo do nosso país, não como um peso”, apelando à mobilização dos Açorianos para irem votar no dia 28 de setembro, exercendo “um dever de cidadania, de votar pela nossa Região e pelo nosso país”.
Para Vasco Cordeiro, não é “aceitável” que um Governo da República “nos recuse a devida solidariedade nos remeta para a banca pedir um empréstimo”, quando a Região é “assolada por uma calamidade que causa prejuízos avultados”.
O Presidente do PS/Açores desaprovou também um Governo da República que “foge a querer entender a imperiosa necessidade, a prioridade de reforçar já os meios da Força Aérea na Região” porque “disso depende a vida de Açorianos”.
Vasco Cordeiro destacou que “não é aceitável que, nessas situações, os Açorianos sejam deixados à sua sorte, por falta do interesse e das decisões atempadas desse Governo da República”, salientando que estas críticas nada têm a ver com “os militares na nossa Região”, mas sim com “quem finge não perceber que disso depende a vida e a saúde dos Açorianos, por exemplo, nas evacuações aéreas”.
Por outro lado, “não podemos tolerar que em matérias como a exploração dos recursos marinhos e das riquezas do nosso mar ainda persistam na República visões arcaicas que mais se aproximam de um colonialismo primário e que fazem tábua rasa da Constituição e dos direitos que a nossa Autonomia aos Açorianos”, reforçou o Presidente do PS/Açores.
Para Vasco Cordeiro, António Costa é “o herdeiro e o intérprete do respeito, da consideração e do carinho que o PS devotou e tem devotado às autonomias regionais”, lembrando que “foi o PS que criou a Lei de Finanças das Regiões Autónomas e que decidiu manter em Santa Maria, contra tudo e contra todos, o Centro de Controlo Oceânico e de Controlo de Voo”. O líder dos Socialistas Açorianos recordou ainda que “foi o PS que, sendo Governo na República, acorreu aos Açores aquando das calamidades do sismo de 1998 ou na derrocada da Ribeira Quente”.
“António Costa é o garante de um relacionamento mais respeitador, mais colaborante e mais solidário para com os Açores. O projeto liderado por António Costa olha para as Autonomias Regionais como parte integrante do país, devota-lhes a atenção, o carinho e a solidariedade”, concluiu Vasco Cordeiro.
Oiça aqui: Discurso de Vasco Cordeiro no Teatro Micaelense 15/09/2014