“É lamentável que o PSD e o CDS-PP não apoiem o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT). Quando a ilha Terceira teve uma das mais graves crises das últimas décadas e quando foi necessário o Parlamento Açoriano tomar uma posição de unidade na defesa da ilha e da Região, o PSD, CDS-PP, PCP e PPM optaram por demitir-se das suas responsabilidades, não apoiando o PREIT”, afirmou Francisco Coelho.
O deputado socialista falava esta sexta-feira, na cidade da Horta.
O PS/Açores apresentou uma proposta para que a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, o órgão próprio que representa a pluralidade democrática e todas as ilhas, se pronunciasse favoravelmente em relação ao PREIT.
Para Francisco Coelho, teria sido “fundamental que o Parlamento Açoriano não tivesse perdido a oportunidade de tomar uma posição nesta altura tão dramática e que no essencial, os partidos estivessem todos unidos, tomando uma posição conjunta de consenso e de unidade, em defesa da posição dos Açores, dos trabalhadores da Base das Lajes e da economia da ilha Terceira e dos Açores”.
O deputado socialista disse ter ficado “zonzo” com a posição do PSD, considerando que este partido “quando atravessa o mar, baralha-se”.
Francisco Coelho lembrou que o “Governo da República de responsabilidade PSD-CDS/PP, em benefício da Base das Lajes, a única coisa que fez foi ter constituído um grupo de trabalho”, acusando os sociais-democratas de tentar “branquear as suas responsabilidades nesta matérias”, apesar de “estarmos a falar de um acordo estabelecido entre os governos dos EUA e Portugal e onde o Governo da República poderia ter tido um papel muito mais ativo na defesa da Base das Lajes”.
“O PSD na República age como age e o PSD nos Açores acha que a responsabilidade de responder à redução norte-americana cabe inteiramente ao Governo dos Açores”, lamentou Francisco Coelho.
“A Região resolveu, através do seu Governo, assumir as suas responsabilidades nesta matéria, propondo um conjunto de medidas. E lembrou também as competências e responsabilidades que incumbem a outros, nomeadamente ao Governo Português e ao Governo dos EUA. O PREIT, um plano multifacetado e multissectorial, não será com certeza um texto sagrado, nem sequer um documento perfeito, mas será com certeza um poderoso contributo para a resolução deste problema”, frisou Francisco Coelho.