“É necessário procurar equilíbrios de modo a que as medidas de controlo às pragas nos Açores não sejam excessivas, mas permaneçam eficazes. Este é um compromisso que deve ser assumido por todos, que sirva em simultâneo os interesses dos agricultores e dos caçadores, pois só assim produzirá efeitos”, defendeu António Toste Parreira.
O deputado socialista falava esta quarta-feira, em plenário regional, na cidade da Horta, no debate que gerou a aprovação do Plano Estratégico de Combate às Pragas dos Açores (PECPA).
António Toste Parreira realçou que, ao longo dos anos, o Governo dos Açores “tem vindo intervir sobre diversas espécies animais e vegetais, num trabalho que envolve as Direções Regionais do Ambiente, da Agricultura e dos Recursos Florestais”.
O deputado socialista lembrou que o Governo dos Açores já encomendou um estudo à Universidade dos Açores e à Universidade do Porto para “determinar a densidade populacional do pombo-torcaz, com o objetivo de regular as futuras intervenções”, tendo sido recentemente publicado um despacho que permite o “controlo da densidade do pombo-torcaz e do melro-preto, na freguesia dos Biscoitos, na Ilha Terceira”.
António Toste Parreira realçou que a “Lei da Caça já permite um controlo das populações de coelho bravo e do pombo comum, existindo um regime de quotas de abate estabelecidas anualmente para cada ilha, em função da monitorização das espécies”.
Relativamente aos roedores, António Toste Parreira recordou que o “controlo não se consegue apenas com campanhas de desratização química”, sendo necessária uma “ação concertada e articulada com partilha de responsabilidades entre todas as entidades com intervenção nesta matéria”.
O deputado socialista abordou ainda a questão das térmitas, destacando o compromisso assumido pelo Governo dos Açores em erradicar a praga num espaço de uma década e a parceria estabelecida com a Universidade dos Açores, que permitirá desencadear “medidas mais eficazes de combate a esta praga”. “Já foi elaborado um mapa de risco e estão a ser monitorizadas cerca de 300 casas”, frisou. Ainda acerca de insetos, o deputado recordou que o Governo dos Açores tem em preparação um plano para o controlo do escaravelho japonês.
“Temos a consciência de que nem tudo está resolvido no âmbito do combate às pragas, e por vezes a sua eficácia pode não ser a desejada, mas o Governo dos Açores está a trabalhar para atingir níveis de excelência na sua eficácia, servindo melhor as populações agrícolas e contribuindo para um melhor ambiente e saúde pública”, concluiu António Toste Parreira.