Os secretariados do PS Faial, Pico e São Jorge consideram absolutamente lamentáveis e desprovidas de qualquer sentido as declarações do presidente do PSD/Açores relativas ao processo de reconstrução do sismo de 1998.
Em entrevista à RDP/Açores, o deputado Duarte Freitas considerou “um mau exemplo” para os Açores a lei que definiu os apoios aos sinistrados do sismo de 1998, tendo acusado o Governo do PS/Açores de querer “mandar em tudo”. Estas declarações, para além de infelizes, são reveladoras da forma de fazer política do líder do PSD/Açores. Na ânsia de criticar o Governo dos Açores e o Partido Socialista, Duarte Freitas tropeça em si próprio e mergulha nas suas contradições. O PS do Pico, Faial e de S. Jorge recorda, por isso, que o processo que hoje é tão criticado pelo deputado Freitas não só foi aprovado pelo PSD/Açores na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, como, aliás, o próprio PSD/Açores apresentou, inclusivamente, propostas que não só aumentavam a intervenção da Região no processo de reconstrução como oneravam significativamente o Orçamento da Região. Recorde-se, a este propósito, que o PS/Açores, em 1998, não tinha maioria absoluta na Região.
É, por isso, absolutamente inacreditável que o hoje líder do PSD/Açores venha, num exercício de completa desfaçatez política, tentar atirar areia para os olhos dos Açorianos, criticando um processo de reconstrução que, não só foi bem-sucedido, como inclusivamente mereceu consenso político nos Açores.
O PS do Pico, Faial e de S. Jorge não pode deixar passar em claro mais estas declarações do Presidente do PSD, Duarte Freitas, que, para além de desmentirem despudoradamente o próprio deputado Duarte Freitas, correspondem a uma vergonhosa tentativa de reescrever a história.
Os Secretariados do PS Faial, Pico e de S. Jorge gostariam, ainda, de recordar ao deputado Duarte Freitas que, no âmbito do processo de reconstrução do sismo de 1998, foi um governo PSD na República que cortou os apoios previstos aos sinistrados. Uma postura, aliás, cada vez mais recorrente nos governos da República do PSD.
Por último, o PS do Pico, do Faial e de S. Jorge considera que as declarações de Freitas são, ainda, uma tremenda falta de sentido político e uma enorme irresponsabilidade, na medida em que não têm sequer em consideração a irrepreensível solidariedade e o notável trabalho que os Açorianos, no seu conjunto, desenvolveram, mais uma vez, para acudir e resolver os avultados prejuízos provocados, em 1998, por esta calamidade.
Duarte Freitas, que exerce cargos políticos há mais vinte anos, deve, por isso, reconhecer as suas declarações infelizes e pedir desculpa aos faialenses, picarotos e jorgenses.