“É possível fazer um caminho com rigor e sentido de responsabilidade, sem agravar injustiças; é possível ser humanista sem depauperar o Orçamento do Estado; existe uma alternativa, há uma forma de estar diferente e vale a pena empenharmo-nos nessa diferença. O Partido Socialista deve ganhar as próximas eleições legislativas para mudar Portugal, para ajudar os Açores e para realizar Abril”, frisou Carlos César.
O Presidente Honorário do Partido Socialista dos Açores e candidato à Assembleia da República falava este sábado, num almoço-convívio comemorativo do 25 de Abril, em Ponta Delgada.
César lembrou que “para muitas gerações, as ideias essenciais que resultaram do 25 de Abril foram a da liberdade após a ditadura e a da paz após a Guerra Colonial”, mas sublinhou que o tempo da esperança ainda subsiste, mas outras formas”.
O candidato à Assembleia da República considerou que o “emprego, o rendimento condigno das famílias, o direito à habitação, o acesso à educação e formação geradora de oportunidades, uma proteção adequada à infância e à velhice, a saúde, a promoção de uma economia e de uma sociedade sãs que permitam a realização plena das pessoas” são “os valores que representam nos dias de hoje a Revolução de Abril e pelos quais o PS deve lutar”, algo que só será atingido se “houver uma mudança do Governo da República, com, uma vitória do PS nas próximas eleições legislativas”.
Carlos César considerou que o PS se pode “orgulhar do percurso dos seus 42 anos, de realizações no plano nacional, do papel decisivo do PS na consolidação da Democracia, do papel fundamental na adesão à União Europeia, na dotação de competências à administração local e na instauração das Autonomias Regionais, momentos de grande alteração do ponto de vista administrativo do Estado”.
O Presidente Honorário do PS/Açores lembrou que a Autonomia só teve tradução Constitucional porque o PS, maioritário na Assembleia Constituinte, lutou por isso e concretizou no texto da Constituição a Autonomia que hoje temos”.
Para Carlos César as próximas eleições são “muito importantes para os Açores”, pois constituem a “oportunidade de derrotar um governo que tem desvalorizado a Autonomia e que tem prejudicado os Açores, desinvestindo nos serviços do Estado, como aconteceu com os dispositivos das Forças Armadas e das Forças de Segurança na Região, os tribunais, o serviço público de rádio e televisão ou a Universidade dos Açores”.
“O Governo da República foge às suas responsabilidades quando se esquiva a apoiar o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira, quando não restitui o IRS às autarquias locais ou quando reduz progressiva e constantemente as transferências do Orçamento do Estado a que temos direito”, lamentou.
Carlos César lamentou, ainda, que o Presidente da República no seu discurso sobre o 25 de Abril, “para além das habituais generalidades que não cabem a um Presidente da República, nem uma palavra tenha tido para com os Açores e a Madeira” e reiterou o seu compromisso em defender os Açores na Assembleia da República.
Intervenção de Carlos César