“O Grupo SATA está a saber adaptar-se ao novo ambiente concorrencial em que está inserida; a companhia aérea Açoriana está com os aviões mais cheios e está a ter maiores rendimentos”, destacou Francisco César.
O Vice-Presidente falava esta quarta-feira, em Ponta Delgada, à margem dos trabalhos da Comissão de Inquérito à SATA.
Francisco César salientou que “os resultados que a SATA obteve, no âmbito do seu plano de negócios, permitiram reduzir o endividamento previsto em cerca de 20 milhões de euros” e que está “estabelecida uma boa operação, cumprindo simultaneamente a maior parte dos prazos de restruturação previstos”.
O deputado socialista não negou que a “situação da SATA neste momento não é fácil”, mas defendeu que os prejuízos dos últimos dois anos são justificáveis com múltiplos fatores, desde logo com a “alteração de critérios contabilísticos, com o aumento do custo dos combustíveis e com os prejuízos de determinadas rotas para a Europa - pese embora estas tenham trazido benefícios de captação de fluxos turísticos para a nossa Região – com um pequeno incidente na aterragem de uma das aeronaves que levou a avultadas reparações e os atrasos dessa reparação, com uma greve que prejudicou em muito a empresa durante o Santo Cristo de 2013, com a reposição do subsídio de férias que a SATA teve de fazer aos seus mais de 1300 trabalhadores por indicação do Tribunal Constitucional”.
“Esta comissão está a ser útil para os partidos que estão interessados em apurar a verdade dos factos e em tentar esclarecer os Açorianos. O PS quer saber qual é a situação presente da companhia. Porém, alguns partidos políticos parecem estar mais interessados em gerar ruído mediático do que propriamente em esclarecer os Açorianos”, lamentou Francisco César.