“Os Açores precisam de uma oposição proactiva que não se limite a criticar e a falar mal de tudo”, defende Berto Messias

PS Açores - 8 de junho, 2015
“Em democracia a oposição tem um papel muito relevante. Julgo que os Açores precisam de uma oposição proactiva, com propostas sérias e bem fundamentadas e que não se limite a criticar e a falar mal de tudo, sempre a diagnosticar problemas sem apresentar soluções”, defendeu Berto Messias, após a sessão de encerramento do IX Congresso Regional do CDS-PP Açores que decorreu este fim-de semana, na Madalena do Pico. O Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores, que liderou a comitiva socialista presente na sessão de encerramento, em reação ao discurso do Presidente do CDS-PP Açores recém-eleito Artur Lima referiu que “apesar de existirem muitas diferenças ideológicas e programáticas entre nós registo a postura do CDS mostrando-se empenhado em estar ao lado do Governo e do PS na abordagem de questões muito importantes para o nosso futuro como o fim das quotas leiteiras, os impactos da redução de contingente militar norte-americano na Base das Lajes ou no sector dos transportes aéreos interilhas e para fora da Região”. “É justo referir que, em muitas matérias, o CDS-PP Açores tem trabalhado para ser parte da solução e não o problema, como aconteceu recentemente no processo de redução de impostos na Região, uma proposta apresentada pelo Governo dos Açores que teve o apoio e participação deste partido, numa postura que contrasta em muito com a postura do PSD Açores, sempre muito empenhado em criticar e falar mal, mas pouco empenhado em apresentar soluções credíveis para o futuro”, referiu Messias. Questionado pelos jornalistas sobre as críticas de Artur Lima às propostas já tornadas públicas para a reforma da sistema politico autonómico e sobre a criação de novos cargos políticos, Berto Messias esclareceu que “essas questões devem ser colocadas ao PSD Açores porque as referências feitas à criação de novos cargos, a um órgão que reúne todos os Presidentes dos Conselhos de Ilha e à criação da figura do Presidente da Região são propostas do PSD Açores e não do Partido Socialista. Sobre isso já fomos muito claros, não defendemos qualquer reforma que aumente o número de órgãos políticos ou de burocracia nas decisões a tomar”. A comitiva do PS Açores integrou ainda Bruno Pacheco, Secretário Regional do PS Açores responsável pela organização e Mónica Ávila do PS Pico.