O parecer jurídico externo solicitado pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores para esclarecer eventuais incompatibilidades entre o exercício de cargos por parte dos deputados socialistas em governos regionais anteriores e a sua participação, no presente, na Comissão de Inquérito ao Grupo SATA, veio demonstrar que as suspeitas levantadas pelo PSD se revelaram infundadas.
Os deputados do Partido Socialista não conseguem descortinar qual a posição que o PSD tem perante aquela comissão. Se por um lado o PSD foi um dos partidos que despoletou a realização da Comissão de Inquérito à SATA, por outro é incompreensível que esse mesmo partido tenha procurado boicotar esta mesma Comissão de Inquérito.
O PS lamenta que o PSD tenha optado por criar mais um incidente, ao lançar a suspeita de incompatibilidade sobre o Presidente da Comissão por ter ocupado cargos governativos no passado, o que levou à interrupção dos trabalhos.
Não se percebem, pois, os objetivos do PSD.
Ou melhor; percebe-se que quando a Comissão de Inquérito não decorre de acordo com os propósitos que o PSD gostaria, a solução passa por boicotar todo o processo.
Os deputados socialistas recordam que a Comissão de Inquérito ao Grupo SATA já funcionava há dois meses, quando o PSD levantou questões quanto a incompatibilidades, tendo-se agora perdido mais um mês neste processo.
Ficou assim bem patente que o PSD não está preocupado em apurar toda a verdade dos factos perante os Açorianos, mas que está antes centrado em fazer mossa ao Governo dos Açores. O PSD/Açores mostrou, mais uma vez, que o que pretende é arrastar este género de situações, porque deseja apenas manter um certo clima de suspeição sobre tudo e todos.
E essa é uma postura com a qual os deputados do Grupo Parlamentar do PS não se identificam e com a qual não compactuam.
Os Açorianos podem contar com o PS para apurar responsabilidades e para procurar esclarecer os Açorianos, até ao limite das suas competências e capacidades.