O Grupo Parlamentar do PS assumiu esta quinta-feira uma postura ponderada de responsabilidade ambiental, defendendo a proteção da natureza, sem cair em fundamentalismos.
Bárbara Chaves, que falava esta quinta-feira na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, realçou que o “Grupo Parlamentar do PS continuará a apostar nas pessoas, nos agricultores, no desenvolvimento sustentável e fará tudo para proteger as áreas protegidas, mas de uma forma integrada e não fundamentalista ou radical”.
A deputada socialista intervinha do debate suscitado pelo BE, que pretendia revogar a autorização de abate ao pombo torcaz, ao melro preto e ao estorninho dos Açores – espécies protegidas que atualmente têm vindo a constituir-se como um problema para os vinicultores das ilhas do Pico e Terceira.
“Tratando-se de espécies protegidas, o Governo dos Açores – e bem – permitiu licenças de abate bem delineadas no tempo, de forma a reduzir populações de aves que, sendo protegidas, têm proliferado e agora constituem um problema para um setor económico crescente, a vinicultura”, explicou Bárbara Chaves
A parlamentar socialista sublinhou que “ao contrário do que quis fazer parecer o Bloco de Esquerda, o Governo dos Açores não ‘abriu a época da caça’ a estas espécies mas, ao invés, tem assumido como prioridade a utilização de métodos não letais, que afugentam estas aves, tomando o abate como a última opção”.
“Os socialistas são sensíveis às questões ambientais, mas estão igualmente atentos às dificuldades e anseios de quem faz da agricultura o seu modo de vida e de rendimento. Estas pessoas devem ter todas as condições para produzir, para criar emprego e para gerar riqueza, com benefícios óbvios para toda a economia da Região”, frisou.
Bárbara Chaves realçou que o Governo dos Açores, graças a protocolos estabelecidos com entidades reconhecidas, tem estudos científicos que permitem compreender de uma forma metódica as flutuações de populações de diversas espécies de aves”, preparando-se agora para “alargar estes censos populacionais a mais espécies de aves protegidas, como por exemplo o melro-preto, o milhafre, a rola-turca e o pombo-das-rochas”.
O Governo dos Açores assumiu e continuará a assumir uma postura responsável nesta matéria, levando em consideração o equilíbrio entre as várias partes interessadas. O executivo não poderia nunca embarcar num fundamentalismo populista como fazem alguns partidos da oposição, sob a ânsia cega do combate político-partidário. Não é esta a postura do Governo dos Açores nem do Partido Socialista”, garantiu Bárbara Chaves.
Intervenção de Bárbara Chaves