Num claro ato de má-fé e desonestidade política e intelectual, o líder do PSD/Açores entendeu, uma vez mais fazer campanha à custa do trabalho dos outros.
Duarte Freitas parece que tem dificuldades em impor a sua liderança e de conseguir bons resultados para o seu Partido.
Cala-se quando não se devia nem podia calar e, de vez em quando aparece na televisão, em bicos de pés, fazendo de conta que conseguiu “meter uma cunha” para pré-anunciar o que tem vindo a ser tratado por outros.
Nem os Terceirenses, em particular, nem os Açorianos em geral, têm culpa que Duarte Freitas não se consiga impor em Lisboa.
As provas são muitas, mas lembremos apenas algumas.
Duarte Freitas foi o nome que Lisboa não aceitou para ser recandidato ao Parlamento Europeu, preferindo outro, no seu lugar;
Duarte Freitas foi quem não conseguiu segurar João Bosco Mota Amaral, substituindo por quem Lisboa indicou, ou seja, Berta Cabral;
Duarte Freitas foi quem não conseguiu que os deputados do PSD/Açores votassem a favor na Assembleia da República, aquando do pedido de ajuda do Governo dos Açores para fazer face às intempéries ocorridas, na ilha Terceira.
Falamos do mesmo Duarte Freitas que se calou quando a TAP deixou de voar para as ilhas do Pico e do Faial e abandonou as obrigações de serviço público!
É o mesmo Duarte Freitas que criou um grupo de trabalho que entretanto já deve ter sido extinto, para debater uma medida que já estava no Plano de Revitalização da Ilha Terceira, deliberadamente omitindo isso, e limitando-se a dizer “sim Senhor, Primeiro-Ministro!”
É exatamente o mesmo Duarte Freitas que perante o anúncio do Governo dos Açores de que não subscrevia o estudo do grupo de trabalho, constituído pelo Primeiro-Ministro por causa das Lajes, rejeitando linearmente as conclusões deste documento e assumindo claramente a total discordância com o seu conteúdo, se manteve calado e sossegado sem abrir a boca. Em suma; é um Duarte Freitas bem-mandado.
A liberalização do espaço aéreo dos Açores, iniciada no fim de Março, não está ainda implementada na sua plenitude, como de resto o Governo dos Açores, desde o início salientou.
A opção das companhias aéreas privadas low-cost voarem exclusivamente para São Miguel, nesta primeira frase, não permitiu o aproveitamento integral das potencialidades desta liberalização no transporte aéreo de e para a Ilha Terceira.
Desde a primeira hora o Governo dos Açores tem desenvolvido um trabalho intenso e rigoroso para criar as condições para que essas companhias voem também para a Terceira.
A possibilidade das companhias low-cost voarem para a Terceira resulta, assim, do trabalho efetuado pelo Governo dos Açores, que tem de forma permanente, tem procurado criar as condições junto dessas companhias e junto do Governo da República para que isso aconteça.
Este não foi um trabalho que tenha começado hoje ou ontem ou quando o senhor deputado Duarte Freitas, sem vergonha, ou pejo, vem falar do assunto para os jornais e TV´s! As negociações já decorriam e decorrem há muito tempo!
Não é pois honesto fazer-se tábua rasa deste trabalho para se recolher louros de outros e ficar apenas sentados, à chegada, á espera do fruto do trabalho dos outros para, pré-anunciar o que pode vir a ser o resultado de um trabalho de meses para o qual não contribuíram nem participaram.
Já não é nem a primeira vez que acontece esta encenação de cábula, de quem corre para a fotografia na vã ânsia de aparecer como o padrinho da novidade, o que descredibiliza ainda mais quem a prática.
É ainda mais ridículo quando o processo não está concluído, porque existem ainda aspetos para acordar, podendo desta forma reduzir a capacidade negocial e prejudicar o interesse público.
A captação de companhias low-cost para voarem para a Terceira, é um fator essencial da otimização do modelo de liberalização dos espaço aéreo, por isso desde o início deste processo que o Governo dos Açores tem trabalhado para sensibilizar e convencer as low-cost a apostarem na rota da Terceira e a trabalhar junto do Governo da República para mobilizar o enquadramento necessário à concretização deste objetivo.
O PS/Terceira está consciente disso e temos a certeza de que todos os terceirenses também estão. De forma nenhuma deixaremos em mãos alheias um trabalho que estamos a fazer para consolidar o turismo como um eixo essencial para o desenvolvimento da Terceira.
Estejam os Terceirenses certos que para o PS a possibilidade de termos low-cost a voar para a Terceira será o resultado do trabalho que nós sabemos que tem sido desenvolvido pelo Governo dos Açores.
Mas o desenvolvimento do turismo na Terceira vai muito para além disso, e assenta em quatro fatores estratégicos, em que o Governo dos Açores esta a trabalhar de forma intensa, rigorosa e responsável.
Nomeadamente o reforço da capacidade da SATA em captar passageiros para a Terceira na rota liberalizada através do aumento da oferta de lugares, e que ainda hoje foi anunciada; no contributo das low-cost para a regulação do mercado e reforço da oferta quer no preço na dimensão e abrangência da mesma, incluindo para residentes; na captação de voos charter para a Terceira e com impacto em todo o Grupo Central, que diversifique os mercados turísticos emissores e alargue de forma significativa a estadia de turista ao longo de todo o ano e a reabertura de unidades hoteleiras que se encontravam encerradas ajustando a oferta ao aumento da potencial procura.
O turismo constitui um pilar essencial do desenvolvimento económico da Terceira e em todos esses vetores o Governo dos Açores tem trabalhado arduamente, não para fazer anúncios extemporâneos mas para concretizar e consolidar essa realidade.
O turismo na Terceira tem um imenso futuro, que alguns parecem querer evitar que se concretize e sobretudo façam tudo para o desvalorizar.
Este ano apesar dos constrangimentos ainda existentes, verifica-se, de acordo com diversos operadores e empresas do sector turístico, um incremento já muito significativo no turismo na Terceira.
E temos a convicção que as estatísticas irão, desde já, começar a refletir esse aumento do turismo na nossa Ilha.
Também por isso repudiamos uma vez mais esta atitude vergonhosa, do senhor deputado Duarte Freitas e fazemos votos para que atitudes destas não se voltem a repetir a bem da nossa Autonomia e por respeito aos órgãos de governo próprio da Região.