O cabeça de lista do PS/Açores às próximas eleições legislativas defendeu esta segunda-feira, no início de uma visita à ilha Terceira, a importância do ensino profissional como forma de tornar a economia de Portugal “mais competitiva” e criticou o desinvestimento que o executivo do PSD e CDS/PP fez neste setor nos últimos anos, denunciando o atraso de mais de um ano nos fundos europeus disponíveis para as escolas profissionais por “incompetência do Governo da República”.
Carlos César visitou a Escola Profissional da Praia da Vitória e afirmou que a economia portuguesa “não pode ser mais competitiva sem mão-de-obra qualificada e sem recursos humanos capazes de potenciar o desenvolvimento”.
“A qualificação profissional é a maior arma que um país como o nosso, com as suas debilidades, pode ter para conseguir uma maior competitividade e para alcançar emprego com maior qualidade e duradouro”, explicou o candidato socialista.
Para o cabeça de lista, os últimos anos têm sido de “desinvestimento no que é essencial, como é o caso da educação, da formação e da ciência, sem que o próprio memorando da Troika o obrigasse”.
“É incompreensível que o país esteja há um ano e meio sem ter os fundos europeus disponíveis para apoiar as suas escolas profissionais por incompetência do Governo da República. É fundamental reforçar as dotações no âmbito do Fundo Social Europeu, como, por exemplo, está previsto no Programa de Revitalização para a ilha Terceira, de modo a que esta seja uma dominante das políticas para os próximos anos. É fundamental que este empenhamento prossiga para que o país não continue na situação de degradação progressiva a que se assiste”.
Carlos César lembrou ainda os mais de 250 mil empregos que o país perdeu nos últimos quatro anos e o facto de Portugal ter a 6.ª maior taxa de desemprego da União Europeia a 28. O candidato sublinhou que o país está “numa situação de grande debilidade” do ponto de vista económico, recordando que no último trimestre a economia portuguesa cresceu menos do que a da Grécia e metade da economia de Espanha, e referiu que o exemplo açoriano deve ser seguido pelo sucesso que apresenta.
“O nosso empenhamento nos Açores tem de ser, também, o empenhamento baseado na criação de emprego. E como temos visto, isso tem acontecido. Desde janeiro de 2014 temos mais nove mil empregados na Região Autónoma dos Açores justamente porque investimos na qualificação e no sistema de formação profissional. O país precisa de fazer o mesmo”, concluiu Carlos César.
Declaração de Carlos César