O cabeça de lista pelo PS/Açores às próximas eleições legislativas, Carlos César, garantiu esta terça-feira que os candidatos do PS/Açores são homens e mulheres de liberdade e em quem os Açorianos podem confiar.
Carlos César falava no comício do PS, na ilha Terceira, onde participou também o candidato socialista a Primeiro-Ministro, António Costa.
Carlos César frisou que, “ao contrário dos candidatos do PSD/Açores, os candidatos socialistas não assinaram nenhum documento a garantir que votarão a favor ou contra tudo o que lhes mandarem, seja ou não em prejuízo das nossas ilhas”, destacando que os “candidatos do PS/Açores foram escolhidos pelos socialistas Açorianos, ao contrário dos candidatos da lista do PSD/Açores, onde foram proscritos e escolhidos os que Passos Coelho mandou”.
O candidato do PS, também Presidente do Partido Socialista nacional, criticou Passos Coelho por “ter demorado três anos a visitar a Região oficialmente como Primeiro-Ministro”, realçando que “António Costa não é um amigo de ocasião, é um aliado dos Açores com provas dadas, que pode contar com a nossa confiança de sempre”.
Carlos César traçou o paralelismo entre duas situações de calamidade, o sismo de 1998 no Faial e no Pico e as mais recentes enxurradas de 2013 com particular impacto na ilha Terceira, frisando que em ambas as situações houve dois denominadores em comum: uma governação na República do PSD e a recusa de solidariedade para com a Região Autónoma dos Açores.
Carlos César reiterou que os socialistas Açorianos irão “defender na Assembleia da República aquilo que o Parlamento Açoriano tiver como proposta se ocorrer uma revisão Constitucional ou estatutária”, agindo “em defesa da Autonomia e da sua eficiência financeira, se houver lugar à alteração à Lei de Finanças Regionais”.
O cabeça de lista socialista pelos Açores criticou o Governo da República da coligação do PSD-CDS/PP por deixar “degradar continuamente os serviços do Estado na Região, sejam na justiça, nas finanças, nas forças armadas ou de segurança, da segurança social, da rádio e televisão públicas ou da Universidade dos Açores”, assegurando que os socialistas Açorianos “não irão permitir que o Governo da República descuide as suas obrigações de defesa da Região em áreas como a agricultura, a pesca” e que não consentirão que “a nossa Região seja ignorada em aspetos fundamentais como a cogestão e participação nos benefícios da exploração do Mar dos Açores”.
Carlos César garantiu que os socialistas Açorianos eleitos à Assembleia da República “não permitirão que os Açorianos que, caindo em situação de doença e tendo de recorrer ao Serviço Nacional de Saúde, continuem a ser ostracizados e sejam lá tratados como se não fossem portugueses”.
“Os Açorianos sabem de que lado sempre estaremos. Sabem que os socialistas Açorianos não temem nem se deslumbram com as cadeiras de S. Bento, sejam no Governo ou no Parlamento. Onde estivermos, estarão sempre os Açores e os Açorianos em primeiro lugar”, assegurou Carlos César.
“Portugal precisa de uma visão e de uma governação mais respeitadora das Autonomias”, defendeu Vasco Cordeiro
O Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, defendeu que uma vitória do Partido Socialista no próximo dia 4 de outubro “não apenas o melhor para o país, mas também um sinal de esperança para uma melhor compreensão das autonomias regionais”.
“Estas eleições são importantes porque o país precisa de uma visão e de uma prática governativa mais respeitadora e mais valorizadora das autonomias governativas”, defendeu o líder dos socialistas Açorianos.
O Presidente do PS/Açores realçou que António Costa, em mais uma visita à Região, demonstrou “ser possuidor de uma visão abrangente, respeitadora das Autonomias e do lugar cimeiro que elas devem ter numa visão global do nosso país”, manifestando “a sua lucidez na visão de um país que inclui e que congrega, que une as várias parcelas do território nacional”.
Dirigindo-se ao cabeça de lista pelo PS/Açores, Vasco Cordeiro apontou Carlos César como o “melhor dos melhores para defender os Açores em Lisboa, pelo percurso que tem tido de defesa dos Açores e de defesa da Autonomia, por ser conhecedor de todas e de cada uma das nossas ilhas, pela coerência que já demonstrou em colocar os Açores acima de tudo”.
O líder dos socialistas Açorianos denunciou ainda aquilo a que chamou de “campanha de medo” que os adversários políticos do PS estão a desenvolver, quando clamam a “ameaça de voltar atrás, como por exemplo de necessitar de nova intervenção da Troika”, frisando que “o PSD e o CDS/PP têm é medo de serem confrontados com o seu passado, nestes últimos quatros anos de governo”.
“O que vai ser julgado pelos eleitores no próximo dia 4 de outubro não vai ser o passado do anterior Governo da República do PS, mas sim o passado deste governo da coligação PSD-CDS/PP. O que vai ser julgado é aquilo que aconteceu entre 2011 e 2015 – os erros, os fracassos, as falhas que este governo cometeu contra os portugueses e contra Portugal”, lembrou o presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro.
Intervenção de Carlos César
Intervenção de Vasco Cordeiro