O cabeça de lista do PS/Açores às eleições legislativas do próximo dia 4 de outubro afirmou esta quinta-feira que o Partido Socialista é um “instrumento” de defesa do arquipélago dos Açores.
Carlos César falava na ilha do Pico, durante um jantar comício que decorreu na Vila das Lajes do Pico, que juntou mais de 500 apoiantes.
“O Partido Socialista nesta eleição é sobretudo um instrumento e não uma finalidade. O PS nesta eleição é uma força motriz. Um pretexto para aquilo que a todos nos une e a todos nos mobiliza que é a defesa do Açores”, sintetizou o candidato.
O número um da lista do PS/Açores adiantou ainda que nas últimas semanas, nas nove ilhas dos Açores que visitou, encontrou apoiantes que antes não votavam no Partido Socialista e que agora o farão “ora pelo mau governo que prejudicou os portugueses, ora pelos acontecimentos que envolveram, por exemplo, a organização da lista do PSD nos Açores, ora pelos méritos da candidatura socialista”.
Carlos César deixou claro que a lista que encabeça é uma “candidatura da autonomia” que não foi “forjada nos aparelhos partidários nos corredores de Lisboa”.
“A todos quero dizer e afiançar: serei fiel a essas manifestações de confiança dos socialistas e dos não socialistas que nos querem apoiar e votar na minha candidatura nestas eleições. O meu compromisso é o de defender dos Açores e só depois é que me lembrarei de defender, se for necessário, o meu partido”, garantiu Carlos César na sua passagem pelo Pico, onde esteve acompanhado pelo candidato Jorge Pereira.
O cabeça de lista do PS/Açores reiterou ainda que um Governo da República do PS irá voltar às negociações no que diz respeito às quotas leiteiras. Para Carlos César o critério na atribuição de apoios deve ser o “peso da produção leiteira nos bens agrícolas que é de 60 por cento nos Açores e apenas de 9 por cento no continente”.
“O Governo da República do Partido Socialista irá voltar à negociação, por um lado procurando que seja revisto o plano de liberalização das quotas leiteiras enquanto perdurarem estas dificuldades financeiras, e por outro lado para garantir uma discriminação positiva para os Açores e um envelope financeira compatível com o peso da produção leiteira nos bens agrícolas”, comprometeu-se Carlos César.