O Grupo Parlamentar do PS defendeu esta quarta-feira que, na sequência da queda do governo da coligação PSD-CDS/PP, o importante é agir para acabar com a austeridade e defender os Açores.
A posição foi expressa pelo líder Parlamentar do PS, Berto Messias, que destacou que o “facto da coligação do PSD-CDS ter ganho as eleições de 4 de outubro com maioria relativa na Assembleia da República, implicava que essa coligação tivesse a capacidade e a disponibilidade para dialogar com os outros partidos para viabilizar o seu programa de governo. O que, infelizmente, não aconteceu”.
O socialista lembrou que “foi Passos Coelho que abandonou o debate público e as reuniões com o PS” e explicou que esta moção de rejeição agora aprovada surge “enquanto alternativa a esta incapacidade de diálogo por parte do PSD e do CDS/PP e em alternativa à instabilidade que seria causada por um governo minoritário do PSD e do CDS/PP”.
“Tendo em conta esta incapacidade, o Partido Socialista conseguiu construir uma plataforma de entendimento com o Bloco de Esquerda e com o PCP, garantindo assim as condições de estabilidade e de governabilidade que o nosso país precisa. Portanto, aguardaremos serenamente pelas decisões do Senhor Presidente da República, mas julgamos que estão reunidas as condições para a formação de um novo governo liderado pelo PS, com duas preocupações que para nós são absolutamente fundamentais: por um lado, a capacidade desse novo governo de virar a página da austeridade no nosso país e de, através da sua ação governativa, garantir um aumento do desenvolvimento económico e social do nosso país, que nos permita também olhar com otimismo para o futuro de Portugal. Outra matéria que também é para nós absolutamente fundamental, é que os Açores estejam no centro da agenda política, em todas as questões relevantes que têm a ver com os Açores, e que são matérias importantes para o Estado Português”, realçou.
“O PS/Açores diz o que sempre disse, a coligação devia ser convidada a formar governo, mas não podia ignorar um novo enquadramento parlamentar resultante da vontade dos eleitores, empenhando-se humildemente em dialogar e criar pontes de entendimento. Isso assim não aconteceu e a moção de rejeição agora aprovada surge em alternativa a essa incapacidade”, frisou Berto Messias.
Declaração de Berto Messias