“Reforma da Saúde garantiu acesso a médico de família a mais 26.500 Açorianos”, realçou José San-Bento

PS Açores - 25 de novembro, 2015
O Grupo Parlamentar do PS realçou que a reestruturação do Serviço Regional de Saúde tem vindo a ser implementada com o objectivo de acentuar as características essenciais do nosso serviço público que é “universal, geral e tendencialmente gratuito, com cuidados de saúde de grande qualidade, tendendo para a excelência”. Intervindo no debate do Plano e Orçamento para 2016, na cidade da Horta, José San-Bento realçou que o “reforço da contratação de médicos de medicina geral e familiar permitiu ao Serviço Regional de Saúde (SRS) compensar as dezenas de aposentações registadas e ainda apresentar um aumento líquido de mais 14 médicos, este crescimento da resposta do Sistema  garantiu o acesso a médico de família a mais 26.500 utentes, um número que representa o investimento e a aposta na melhoria da Saúde dos Açorianos.” O parlamentar do PS reconheceu que o SRS tem “problemas, constrangimentos e algumas insuficiências”, mas realçou que nos Açores o executivo regional tem seguido uma estratégia que se “demarca daquela que foi seguida no país nos últimos anos, onde foi descaracterizada por completo a lógica de um serviço público, criando enormes barreiras à cobertura universalidade deste serviço”. “Nós nos Açores não estamos a poupar nem a gastar menos na saúde; estamos a investir melhor e a aplicar recursos com melhor critério e com um grande esforço de financiamento. Vamos despender 291 milhões de euros no funcionamento do SRS em 2016 e para além dessa verba, a Região irá investir ainda mais 37 milhões de euros em equipamentos, na melhoria da qualidade e do atendimento”, explicou José San-Bento. O deputado socialista sublinhou que o “grande constrangimento que existe para a resolução das listas de espera é a falta de médicos anestesistas, um problema que é comum a nível nacional e mesmo Europeu”, destacando que “dos 9.422 utentes que estão inscritos em listas de espera, 55% deste número são pequenas cirurgias e muitas destas pessoas têm o estatuto de ‘normal’, o que significa que é uma cirurgia que está planeada mas será realizada depois dos casos assinalados como muito prioritários e das urgências diferidas; nestes casos de maior gravidade do ponto de vista clínico, o SRS tem capacidade de resposta dentro dos tempos máximos de resposta definidos para estas situações”. O deputado socialista frisou que a “Região está a ter uma produção de cerca de 9400 cirurgias por ano, o que significa que há aqui um trabalho de fundo e que o esforço e o empenho deste Governo tem-se traduzido em números encorajadores”. “Pode acontecer que até ao final de 2016, o PS não tenha conseguido cumprir o compromisso de assegurar cobertura integral com médico de família para todos os Açorianos. Este foi um compromisso assumido olhos nos olhos com os Açorianos. Tudo faremos para cumprir esse compromisso. Mas se não atingirmos essa meta, devido à falta de médicos para serem recrutados, temos a certeza que os Açorianos compreenderão essas dificuldades e reconhecerão que fizemos tudo o que podíamos para tentar resolver este assunto”, realçou José San-Bento. Declarações de José San-Bento