“A participação cívica, a participação política, a participação cidadã, pode ficar perturbada e condicionada pelas circunstâncias que nós vivemos, mas não tem que deixar de acontecer, de ficar impedida. O que é necessário, como se fez neste movimento, é encontrar formas que possam canalizar a vontade de contribuir, possam, no fundo, agrupar a vontade de construir”, afirmou o Presidente do PS/Açores, esta sexta-feira.
Vasco Cordeiro, que intervinha na sessão de entrega de contributos do movimento cívico “Açores Primeiro! Todos Contam”, para o manifesto eleitoral do Partido Socialista, considerou que as atuais circunstâncias ligadas à pandemia de COVID-19 condicionaram, mas não pararam o movimento, realçando a ideia concretizada e corporizada pelo “Açores Primeiro! Todos Contam” que, “apesar de todas as perturbações, continuou a trabalhar nesse desafio, de construir uma agenda de futuro para a nossa região”.
Tal como o fez na sessão de abertura, o líder socialista considerou que este movimento constituiu um sinal de liberdade, de cidadania, um exercício de responsabilidade e de Autonomia, “de aportar a forma como vê os desafios de futuro para a construção de soluções coletivas”, mas também no sentido em que “este é o modo de governação que nós temos aqui na região para concretizar os desafios e vencer os desafios que temos pela frente, e para concretizar as soluções que aqui são apresentadas”. Vasco Cordeiro realçou que sublinhando o movimento “Açores Primeiro! Todos Contam” foi também, e é, “um exercício de inconformismo, um exercício de arrojo, de ambição para o nosso futuro coletivo”.
“Aquilo que hoje aqui se apresentou, ou dito de forma mais concreta, aquilo que aconteceu ao longo destes meses, não é sobre os Açores que temos. É sobre os Açores que queremos. O que esteve em causa não foi o percurso que fizemos, são novos horizontes que queremos alcançar, é, no fundo, não sobre o passado, mas é clara, inequívoca e convictamente sobre o futuro”, acrescentou.
Nesta relação entre o passado e o futuro, Vasco Cordeiro destacou que, nos últimos oito anos os Açores foram a região do país que reduziu, de forma mais intensa, a taxa de abandono escolar precoce, referindo ainda, à semelhança deste dado, o número de açorianos sem médico de família que nos últimos oito anos baixou em 62%, “sendo mais de 60 mil açorianos que deixaram de estar na situação de não ter médico de família”, bem como a região em que, nos últimos dez anos, mais cresceu em termos de esperança média de vida, e o número de cirurgias, para dar resposta às necessidades dos açorianos, que cresceu 86% nos últimos sete anos.
Consciente de que estes dados satisfazem, mas que não nos descansam, o Presidente do PS/Açores sublinhou ainda ter a consciência dos desafios que há para vencer, referindo nesse sentido, que “passou o tempo dos partidos políticos que entendem que são donos da verdade”.
Considerando ser este um ano de circunstâncias extraordinárias, o Presidente do PS/A afirmou que as eleições de 25 de outubro são a primeira oportunidade que os açorianos têm de analisar, “não apenas aqueles que foram resultados em tempos normais, mas também resultados que foram alcançados em tempos extraordinários, ligados à defesa dos Açores, à defesa dos açorianos, resultados ligados à defesa da nossa saúde”.
Para Vasco Cordeiro esta é também a oportunidade para os açorianos se pronunciarem “se acham que a nossa Autonomia deve ser mais forte. É por isso que dizemos que os Açores precisam do seu voto. Os Açores precisam do seu voto, qualquer que ele seja, para dar mais força à nossa Autonomia e aos Açores”.