O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou que a proposta de alteração ao programa POSEI elaborada pelo Governo dos Açores e já remetida a Bruxelas prevê para 2021 um reforço de 10% nas ajudas às produções hortofrutícolas e de ananás, permitindo minimizar os impactos da pandemia sentidos pelos produtores.
“O reforço proposto em ambas as ajudas será mais um contributo importante para auxiliar os produtores a enfrentarem os impactos causados pela pandemia, mas também para continuar a dinamizar áreas produtivas importantes para o nosso autoabastecimento e exportação”, referiu João Ponte, acrescentando que, no caso do ananás, o que Governo dos Açores pretende é que o prémio base passe dos atuais seis euros para 6,60 euros em 2021.
O governante falava terça-feira, na Ribeira Grande, à margem da reunião com a Direção da Terra Verde - Associação de Produtores Agrícolas do Açores e da visita às novas instalações, cedidas pelo Governo dos Açores, durante a qual também observou o campo experimental de produção de várias espécies de batata doce, um projeto que está a ser desenvolvido pelos técnicos desta associação.
O Secretário Regional da Agricultura destacou que, no início da legislatura, a dotação reservada para a ajuda à produção de hortofrutícolas era de 1,1 milhões de euros e agora atinge 1,6 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 38%.
Para João Ponte, este indicador é bem revelador da importância que o Governo dos Açores confere à diversificação agrícola e acresce a todo o trabalho feito na atual legislatura em termos do desenvolvimento de vários planos estratégicos orientados para o futuro, seja ao nível da agricultura biológica, da fruticultura e da apicultura.
João Ponte revelou que, nos últimos quatro anos, a área de produção hortofrutícola nos Açores registou um crescimento de 9%, acrescentando que produzir mais produtos hortícolas e frutícolas é importante do ponto de vista da redução das importações, mas também do aumento das exportações de determinados produtos.
O governante reiterou ainda um apelo ao consumo do que é produzido localmente, pelo que representa de apoio ao fortalecimento e à sustentabilidade do setor, mas também devido à qualidade e frescura dos produtos, que certamente são bons para a saúde de quem os consome.
(GaCS)