O Vice-Presidente do Governo anunciou que a Região Autónoma dos Açores concluiu com “grande êxito” a operação de financiamento de emissão obrigacionista nos mercados financeiros internacionais, nos termos definidos na última revisão do Orçamento da Região.
Sérgio Ávila salientou que o grande interesse dos investidores externos resultou numa procura seis vezes superior à oferta da Região, o que permitiu reduzir os custos de financiamento para menos de metade do que se verificou há quatro meses.
“Este êxito deriva da redução da taxa de juro para menos de metade da que se verificou há quatro meses, tendo a procura dos investidores superado em seis vezes a oferta da Região”, frisou Sérgio Ávila, acrescentando que “como foi hoje mais uma vez comprovado, o sucesso desta operação resulta da boa imagem das finanças públicas da Região nos mercados financeiros internacionais e do nível do rating da Região, que foi confirmado recentemente como nível de investimento”.
Segundo o titular da pasta da Economia, esta operação obrigacionista, que foi emitida nos mercados financeiros internacionais, resultou de uma taxa de juro fixa a seis anos de apenas 0,6%, “o valor mais baixo que até hoje ocorreu na Região”, sendo que “a taxa de juro que os investidores internacionais estão disponíveis para cobrar à Região é menos de metade daquela que foi no passado mês de maio”.
Este resultado, considerou o Vice-Presidente do Governo, demonstra efetivamente a confiança dos investidores internacionais nas finanças publicas da Região, confirmando a análise do rating da Região que define o investimento “seguro”.
“Para além da redução substancial da taxa de juro, que será fixa durante seis anos sem qualquer alteração, e que implicará uma poupança muito significativa para o Orçamento da Região, a procura dos investidores internacionais por esta emissão da Região e pelo investimento na Região foi seis vezes superior à oferta disponibilizada”, sublinhou Sérgio Ávila.
“Ou seja, em apenas duas horas, nos mercados financeiros internacionais, os investidores disponibilizaram 1.700 milhões de euros de oferta de financiamento, quando a Região tinha apenas solicitado 285 milhões de euros”, frisou.
Assim, esta enorme procura por parte dos investidores na Região permitiu, por essa via também, reduzir a taxa de juro para uma taxa de juro fixa de 0,6%, sem qualquer alteração nos próximos seis anos, o que corresponde a menos de metade da que se verificou há apenas quatro meses.
Por outro lado, referiu Sérgio Ávila, a forte procura e interesse internacional dos investidores estrangeiros fica refletida no sentido de que mais de 40 por cento desta emissão foi colocada no exterior do país, com investidores estrangeiros, nomeadamente de países nórdicos, com 13% da emissão, da Alemanha e Áustria, com 10% da emissão, e da Espanha, França e Itália, no seu conjunto, que representam 12% da mesma emissão.
“Mais uma vez, os mercados financeiros internacionais vieram reconhecer a gestão rigorosa das finanças públicas regionais. Mesmo num ambiente internacional bastante adverso, com constrangimentos provocados pela atual pandemia, que afeta a economia mundial, as finanças públicas dos Açores passaram com distinção em mais esta avaliação dos investidores internacionais, resultando em benefícios claros para a Região e para os Açores”, afirmou o Vice-Presidente do Governo.
(GaCS)